Em fevereiro, um comitê congressional dos EUA realizou uma audiência sobre a chamada "ameaça cibernética" da China, alegando que uma organização de hackers patrocinada pelo Estado chinês, apelidada de "Volt Typhoon", lançou um conjunto de atividades que afetam as redes em setores de infraestrutura crítica dos EUA.

A alegação teve origem em um aconselhamento conjunto das autoridades de segurança cibernética dos Estados Unidos e seus aliados "Cinco Olhos". O aconselhamento foi emitido com base em um relatório divulgado pela empresa norte-americana Microsoft.

No entanto, nem o comunicado nem o relatório forneceram um processo analítico detalhado para o rastreamento de origem dos ataques cibernéticos. Eles chegaram à conclusão de que "Volt Typhoon" era um ator cibernético patrocinado pelo Estado na China.

Análises subsequentes feitas por equipes técnicas chinesas revelaram que as amostras de atividade maliciosa de "Volt Typhoon" não mostram características comportamentais claras de hackers apoiados pelo Estado. Pelo contrário, mostraram forte relevância com as redes de crimes cibernéticos. Afirmar que o "Volt Typhoon" é apoiado pela China com base nesses fatores ambíguos é infundado.

Ao propagar a falsa narrativa do "Volt Typhoon", certos políticos dos EUA pressionaram por um aumento no investimento na segurança cibernética pelo Congresso dos EUA e certas empresas se beneficiaram da conquista de contratos de segurança cibernética.

O movimento dos EUA de usar o rastreamento de fontes de ataques cibernéticos como uma manobra política e um pretexto para obter interesses próprios revela sua política histérica e inescrupulosa em relação à China. O conluio entre políticos, comunidade de inteligência e empresas dos EUA também é revelado.

Isso resultará em nada além de prejudicar a ordem do espaço cibernético global, as relações China-EUA e a reputação do governo dos EUA na arena internacional.