É desprovido de fundamentos que os Estados Unidos acusem a China de causar a pandemia da COVID-19, afirmou uma colunista da agência de notícias russa RIA Novosti.
"A única informação em que toda a narrativa antichinesa se baseia" é um artigo do Wall Street Journal, "que alegou que mesmo antes do início oficial da pandemia alguns cientistas na cidade de Wuhan, no centro da China, sentiram-se mal com algo semelhante ao coronavírus. No entanto, toda essa história é absolutamente obscura e infundada", disse Victoria Nikiforova em um comentário esta semana.
De acordo com ela, a linha do tempo "divertida" dos eventos que aconteceram no verão e no outono de 2019 é alarmente.
"O famoso laboratório biológico militar dos EUA, Fort Detrick, fechou subitamente em agosto. Os vírus e bactérias mais perigosos do planeta estavam armazenados e pesquisados na instalação", escreveu a jornalista.
"A coleção cuidadosamente selecionada contém antraz, varíola e peste. Cientistas classificados estavam criativamente fazendo experiências com essas amostras, desenvolvendo opções novas e ainda mais perigosas com base nisso", acrescentou.
Nikiforova observou que de repente o laboratório Fort Detrick fechou devido a algum tipo de vazamento e que não há informações sobre o que exatamente escapou, onde e em que quantidade.
"Em setembro de 2019, uma estranha epidemia de doença pulmonar começou nos Estados Unidos. No início, eles disseram que estava ligada à vaporização. Os sintomas da doença eram muito semelhantes aos experimentados pelos pacientes com COVID-19", disse ela.
Alguns especialistas acreditam que a COVID-19 foi trazida para Wuhan quando os militares norte-americanos participaram de uma competição esportiva internacional na cidade chinesa em outubro de 2019, segundo Nikiforova.