O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou na segunda-feira com o ministro das Relações Exteriores e do Comércio húngaro, Péter Szijjártó, em Guiyang, capital da Província de Guizhou, no sudoeste da China.
Observando que os laços bilaterais China-Hungria alcançaram resultados notáveis nos últimos anos, Wang disse que a cooperação amigável entre os dois países criou, em conjunto, muitos primeiros, que incluem a Hungria se tornar a primeira nação europeia a assinar um memorando de entendimento com a China envolvendo a Iniciativa do Cinturão e Rota e a abertura do primeiro centro de liquidação de RMB do Banco da China na Hungria.
A escola bilíngue húngaro-chinesa na Hungria é a primeira do tipo na Europa, e a Hungria é o primeiro Estado-membro da União Europeia (UE) a comprar vacinas chinesas e autorizar seu uso, acrescentou.
"Isso demonstra plenamente o alto nível e a qualidade das relações bilaterais", de acordo com Wang, pedindo que ambos os lados aproveitem a oportunidade e a situação para buscar a cooperação e superar juntos os desafios.
Com respeito à cooperação em vacinas, a China apoia as empresas chinesas na exploração conjunta de enchimento e produção de vacinas com empresas húngaras, e está disposta a promover uma cooperação mais ampla e de alto nível no campo de saúde entre os dois países, assinalou Wang.
Szijjártó agradeceu à China pela entrega antecipada e oportuna de vários lotes de vacinas à Hungria, apesar de alta demanda interna na China, o que ajudou a proteger a vida do povo húngaro.
Falando contra a politização da epidemia, ele disse que os vírus não têm nenhum contexto político nem ideologia e que, estigmatização ou transferência de culpa é a última coisa que deve ser feita.
Quanto às relações UE-China, Szijjártó afirmou que a China é um parceiro cooperativo da Europa e que a Hungria apoia firmemente o desenvolvimento das relações UE-China e o mecanismo de cooperação entre os países da Europa Central e Oriental.
Wang e Szijjártó também discursaram em uma entrevista coletiva conjunta após a reunião.
Observando que os ministros das Relações Exteriores da Polônia, Sérvia, Irlanda e Hungria fizeram visitas sucessivas à China de 29 a 31 de maio, Wang informou que esta é a primeira reunião face a face entre os chanceleres chinês e europeus este ano e também uma comunicação estratégica entre a China e a UE diante das novas situações e desafios internacionais.
De acordo com Wang, eles realizaram comunicações profundas e sinceras e alcançaram um amplo consenso de que o fortalecimento de diálogos e cooperações na era pós-epidêmica deve ser a escolha comum da China e dos países europeus.
Ressaltando que os desafios atuais nas relações China-UE merecem atenção e devem ser refletidos com calma, Wang disse que a defesa do multilateralismo é sempre o consenso mais importante entre a China e a Europa.