As fricções comerciais globais foram severas no ano passado devido à pandemia da COVID-19 e também à consequente queda econômica, disse um relatório do órgão de promoção comercial da China.

O índice de medidas econômicas e comerciais, introduzido pelo Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, aumentou em 2020, segundo o relatório publicado pelo comitê assessor legal do conselho sobre fricções econômicas e comerciais.

O documento analisa as fricções comerciais em 20 países e regiões, incluindo os Estados Unidos, a China e o Japão, e os usos de medidas comerciais como tarifas de importação e exportação, soluções comerciais e barreiras técnicas.

A concorência entre as principais economias estava crescendo, segundo o estudo, citando os subíndices de países e regiões como Índia, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. A concorrência nestas regiões manteve-se alta durante o período que abrange o documento.

Ao mesmo tempo, as fricções comerciais entre outros países foram relativamente moderadas, acrescentou.

No ano passado, 20 países e regiões impuseram 3.497 medidas comerciais, 46,8% das quais foram barreiras técnicas.

Os Estados Unidos foram o país que recorreu a estas medidas com mais frequência, lançando 624 ações comerciais em todo o ano passado, representando 17,8% do total.

Zhang Yuejiao, diretora do comitê assessor legal, explicou que a recessão econômica global em meio à epidemia da COVID-19 afetou as cadeias globais de indústria e fornecimento.

"A história demonstrou que uma economia inativa é a principal causa do aumento do protecionismo comercial", indicou Zhang, também professora de Direito na Universidade Tsinghua.