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Opinião: o governo dos EUA deveria se compadecer com o sofrimento do povo americano

Fonte: Diário do Povo Online    29.03.2021 09h47

Por Zheng Yan, Diário do Povo

Com menos de 5% da população mundial, o número de casos confirmados de coronavírus nos EUA ultrapassa 25% do total. A polícia matou um total de 1.127 pessoas, sendo que a probabilidade de um afro descendente ser morto pela polícia é três vezes maior que a população branca; a riqueza combinada das 50 pessoas mais ricas é superior a 165 milhões das pessoas mais pobres. Recentemente, o Gabinete de Informação do Conselho de Estado divulgou o "Relatório sobre Violações dos Direitos Humanos nos EUA 2020", expondo a situação fora do controle, potenciada pela epidemia, a desordem da democracia americana, a deterioração da discriminação racial, a contínua agitação social, a crescente polarização entre ricos e pobres e a violação das regras internacionais. O estigma do país deixa à vista de todos seus padrões duplos e natureza hipócrita no âmbito dos direitos humanos.

O “paraíso médico” se tornou um inferno epidêmico, a “cidade na colina” caiu no fundo da turbulência e o “farol da democracia” encenou um motim pós-eleitoral. Os Estados Unidos, que sempre se consideraram superiores , perderam terreno no campo dos direitos humanos. Há desordem política, conflito étnico e dilaceração social. O novo registro de violações dos direitos humanos nos Estados Unidos tornou os direitos civis e políticos das pessoas irrealistas. O desarmado afro-americano George Floyd, cruelmente asfixiado pela polícia até a morte, não representou apenas a população negra, mas também a voz de outras minorias e até de pessoas comuns.

Internacionalmente, "defensores dos direitos humanos" sempre ignoraram e pisotearam os direitos humanos de outros países. Desde a implementação de sanções unilaterais durante a epidemia, o que dificultou a obtenção de suprimentos médicos pelos países sancionados, até à deportação forçada de pelo menos 8.800 crianças imigrantes ilegais desacompanhadas, independentemente do risco de transmissão epidêmica, até à saída da OMS e do Acordo de Paris, os Estados Unidos continuaram a Promover o isolacionismo e o unilateralismo e se tornaram um agente desrespeitador das regras internacionais, um criador de desastres humanitários e das maiores fontes de problemas para a segurança e estabilidade globais.

Os direitos humanos nem sempre foram um espelho usado pelos Estados Unidos para se iluminar, mas um grande bastão usado para golpear os outros. Um país que fez vista grossa às violações contínuas, sistemáticas e em grande escala dos direitos humanos sempre assumiu a postura de um "professor de direitos humanos", tentando arbitrariamente reunir relatórios de direitos humanos de outros países, aprovando os supostos projetos de lei de direitos humanos, e comentando os assuntos internos de outros países, fingindo ser surdo face a questões incómodas. Esse duplo padrão demonstra uma vez mais que a questão dos direitos humanos é uma ferramenta utilizada pelos Estados Unidos para interferir nos assuntos internos de outros países. Em última análise, distorções e difamações se baseiam na prioridade dos interesses dos Estados Unidos e na contenção do desenvolvimento de outros países.

O atual caos dos direitos humanos nos Estados Unidos pode ser rastreado na história. Tendo em conta o passado, os conceitos de direitos humanos de estilo americano apresentam deficiências inerentes. Os fundadores não deixaram espaço suficiente para a igualdade de direitos das minorias étnicas, direito das mulheres ao voto e direitos de residência dos imigrantes no preâmbulo da Constituição Federal. As práticas americanas de desrespeito dos direitos humanos são notórias, variando ao longo da história entre o comércio de escravos e guerras não provocadas no Iraque e na Síria que mataram incontáveis civis. As dívidas de direitos humanos que os Estados Unidos têm com a comunidade internacional são imensas.

Há não muito tempo atrás, representantes de 116 países e instituições internacionais relevantes analisaram a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos e apresentaram 347 melhorias possíveis. As pessoas com olhos perspicazes devem ter a noção de que a ordem mundial em que poucos podem cobrir o céu de muitos com apenas uma das mãos terminou. A era da ingerência desenfreada nos assuntos internos de outros países inventando histórias sobre questões de direitos humanos se foi para sempre. Qualquer um que acuse outros países com base em mentiras e rumores está obrigado a aceitar a opinião pública da comunidade internacional e o julgamento da história humana.

Diante da raiva doméstica e dos protestos internacionais, espera-se que o governo dos Estados Unidos possa demonstrar empatia pelo sofrimento de seu povo e “limpar seu próprio quintal”; seja humilde, deixe de lado a hipocrisia, o domínio, os padrões duplos e caminhe em consonância com a comunidade internacional. Se seguirem cada vez mais no caminho errado, alguns políticos acabarão pagando o preço por sua estupidez e arrogância. 

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