Por Qin Chuan
Em 17 de março, a 46ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas analisou os resultados da revisão dos direitos humanos nos Estados Unidos, a que foi alvo de críticas de diversos países.
As autoridades sírias inquiriram: quais são as qualificações dos Estados Unidos para se autodenominarem um "estado de direito"? Os Estados Unidos fogem às suas obrigações perante o direito internacional e procuram desculpas para a sua agressão militar e ameaças à unidade e integridade territorial de outros países. Os Estados Unidos devem emendar suas leis internas para cessar agressões militares a outros países sob pretexto da proteção da sua própria segurança nacional, ocupação de territórios de outros países, saque de recursos naturais e financiamento de atividades terroristas e separatistas.
Enquanto uma das vítimas da práticas dos direitos humanos nos Estados Unidos, a acusação da Síria está repleta de sangue e lágrimas. Com o passar dos anos, a prática dos direitos humanos nos Estados Unidos foi incorporada nas violações dos direitos humanos contra outros países. Para atingir seus interesses nacionais políticos, econômicos e de segurança, os Estados Unidos consideram, por um lado, os direitos humanos uma ferramenta estratégica que se faz sentir em toda parte como promotor de discórdia. Os conflitos étnicos e raciais daí decorrentes são numerosos e incontáveis.
Este ano é assinalado o 10º aniversário da guerra civil na Líbia. Depois da guerra, a Líbia não apenas falhou em alcançar a democracia política, a prosperidade econômica e a estabilidade social, como também ficou repleta de problemas. De acordo com os últimos dados do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, há ainda 278 mil líbios deslocados. O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu que a interferência na Líbia foi o maior erro de sua gestão.
Este ano é também o 10º aniversário da crise síria. A guerra de dez anos desferiu um sério golpe no desenvolvimento interno da Síria. De acordo com dados do Observatório Sírio de Direitos Humanos, o número de mortes causadas pela guerra pode ultrapassar as 500.000. Lamentavelmente, a crise síria ainda não terminou. O antigo país produtor de petróleo do Oriente Médio foi reduzido a uma fonte de refugiados da noite para o dia, e sendo que o que lhe resta é o "benefício" trazido pelos direitos humanos americanos.
Desde 2001, os Estados Unidos lançaram ilegalmente guerras e operações militares contra países como Iraque, Líbia, Síria, Afeganistão e pescaram em águas turbulentas. Isso levou a "desastres de direitos humanos" em muitos lugares e trouxe incontáveis problemas e desastres para paz e estabilidade mundiais. Não podemos deixar de perguntar: quem exatamente beneficia com os direitos humanos propalados pelos Estados Unidos? Que tipo de direito protegem?
Ao longo dos anos, o "país farol" mediu esforços para "politizar" a questão dos direitos humanos, a qual não só entra em conflito com o seu propósito original, como também se tornou uma "arma" de exportação de ódio.
As pessoas não se podem esquecer que em 1999, a OTAN, chefiada pelos Estados Unidos, bombardeou a Federação Jugoslava durante 78 dias consecutivos sob a bandeira dos "direitos humanos". O que foi deixado para trás? Uma dor inesquecível e uma dívida de sangue indelével. Em 2001, as forças da coalizão chefiadas pelos Estados Unidos desencadearam a guerra no Afeganistão com base no "antiterrorismo". O que conseguiu o povo afegão com isso? A paz é algo que ainda está no horizonte. Em 2003, os Estados Unidos lançaram a guerra do Iraque sob o argumento de que aquele país ocultava armas de destruição maciça e secretamente apoiava terroristas. O que o povo iraquiano ganhou com isso? Até o momento, os Estados Unidos não forneceram nenhuma evidência para sustentar a sua invasão. O ex-presidente Trump tweetou pessoalmente no ano passado que "não havia armas de destruição maciça" no Iraque naquela época, mas Powell ainda assim permitiu que os Estados Unidos "travassem uma batalha".
Nos últimos anos, manifestações anti-EUA foram desencadeadas em muitas partes do mundo, o que se reflete em ameaças cada vez maiores à segurança americana. No entanto, a suposta proteção dos direitos humanos causou o declínio do modo de vida das pessoas, a crise social plantou as sementes do ódio em todos os cantos do mundo. O ódio criará raízes e será herdado de geração em geração, estabelecendo perigos ocultos para a paz e estabilidade mundiais e o desenvolvimento da civilização humana.
Nesta sessão do Conselho de Direitos Humanos, quase cem países se opuseram à politização das questões de direitos humanos, à dualidade de critérios adotada pelos EUA e à interferência nos assuntos internos de outros países para fins políticos sob esse pretexto.