Atualmente, os Estados Unidos registram mais de 10.000 casos de infecção de variantes de coronavírus, conforme os especialistas alertam sobre outro surto de COVID-19.

Entre o total de 10.985 casos de variantes relatados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) até domingo, 10.579 casos foram causados ​​pela variante conhecida como B.1.1.7, que foi detectada originalmente na Grã-Bretanha.

Houve 288 casos de uma nova cepa descoberta inicialmente na África do Sul, chamada B.1.351, e 118 casos da cepa P.1 descoberta pela primeira vez no Brasil.

Além disso, as variantes B.1.427 e B.1.429, duas cepas de coronavírus detectadas pela primeira vez na Califórnia, também estão sendo monitoradas de perto pelo CDC.

As cinco cepas de coronavírus são atualmente classificadas pelo CDC como "variantes preocupantes", pois as evidências mostram um aumento em sua transmissibilidade, aumento de hospitalizações ou mortes, redução significativa na neutralização por anticorpos gerados durante infecção ou vacinação anterior, eficácia reduzida de tratamentos ou vacinas ou falhas de detecção de diagnóstico.

Variantes do vírus podem contribuir para o "aumento da disseminação" de infecções, disse à Xinhua em uma entrevista, Stanley Perlman, professor de microbiologia e imunologia da Universidade de Iowa.

"Os casos podem estar aumentando novamente. Precisamos ainda usar máscaras e praticar o distanciamento social", observou ele.

Os especialistas expressaram repetidamente a preocupação de que o país enfrentaria outro aumento nos casos de COVID-19 se os americanos não mantivessem medidas de proteção, como usar máscaras, evitar viagens e continuar o distanciamento social até que mais pessoas sejam vacinadas.

Apesar da queda de novos casos de COVID-19, mortes e internações por semanas, agora o país tem visto um aumento de novos casos em 27 estados.

Atualmente, a média de sete dias de novos casos de COVID-19 é de cerca de 61.000 casos diários, um aumento de 10 por cento em relação ao período anterior, segundo o CDC.

A atual média de sete dias de novas hospitalizações diárias é de cerca de 4.816 pessoas, um aumento de 4,2 por cento em relação à semana anterior, mostram os dados do CDC.

A diretora do CDC, Rochelle Walensky, disse na segunda-feira que sente uma sensação de "desgraça iminente" sobre outro aumento nos casos de COVID-19, à medida que as infecções aumentaram em 10 por cento.

Walensky disse que os dados do CDC mostram que novos casos de COVID-19 e hospitalizações estão aumentando, o que ela atribuiu ao aumento das viagens nas últimas semanas, flexibilização de restrições e comportamento menos rígido.

"Vou refletir sobre o sentimento recorrente que tenho de desgraça iminente. Temos muito pelo que esperar, muitas promessas e potencial de onde estamos, e muitos motivos para ter esperança. Mas, agora, estou assustada", disse Walensky durante uma reunião na Casa Branca.

Autoridades de saúde pública disseram que medidas de proteção como uso de máscara, distanciamento físico, higiene das mãos e vacinação imediata podem ser úteis na prevenção contra infecções por COVID-19 e cepas emergentes.