Médicos retornam a Wuhan para se juntarem às celebrações da vitória contra o coronavírus na cidade

Fonte: Diário do Povo Online    15.03.2021 15h13

Profissionais médicos que ajudaram na luta contra a pandemia de Covid-19 em Wuhan, na província de Hubei, no ano passado foram recebidos passadeira vermelha, balões, performances de canto e dança e flores de cerejeira ao retornarem à cidade para desfrutar do cenário de primavera no fim de semana.

Mais de 20.000 trabalhadores médicos e seus parentes em todo o país foram convidados a visitar a Universidade de Wuhan. O grupo, que incluía 4.000 pessoas de fora da província de Hubei, apreciou as flores de cerejeira naquela que é considerada uma das universidades mais bonitas da China.

As flores de cerejeira não puderam ser apreciadas no campus no ano passado, depois da universidade ter sido encerrada a estranhos como parte das iniciativas de controle epidêmico da cidade. Mais de 42.000 profissionais médicos foram levados de emergência para Wuhan e outras cidades de Hubei para combater o vírus.

A universidade demonstrou sua gratidão ao designar o sábado e o domingo como dias especiais de apreciação das flores de cerejeira para os profissionais de saúde. Cerca de 1.500 estudantes universitários e professores se ofereceram para recebê-los, preparando atividades como visitas guiadas e sessões de fotografia.

"Nunca esqueceremos o momento mais crítico para Wuhan e Hubei no ano passado, em que os profissionais de saúde em todo o país correram para a linha de frente e trabalharam incansavelmente para salvar vidas", disse Dou Xiankang, presidente da Universidade de Wuhan.

"Fizemos uma promessa no ano passado de vos convidar e às vossas famílias à universidade para desfrutar das flores de cerejeira, depois da retoma da normalidade na cidade, e a promessa foi cumprida”, disse na cerimônia de boas-vindas.

Shang Dong, vice-presidente do Primeiro Hospital Afiliado da Universidade de Medicina de Dalian, na província de Liaoning, disse que quando chegou a Wuhan no ano passado, o aeroporto estava quase vazio. "Embora estivesse nervoso, estava pronto para dar a minha própria vida para salvar outras pessoas", disse ele.

"Graças ao trabalho árduo dos trabalhadores médicos e à grande capacidade de governo e sistema do nosso país, podemos voltar a Wuhan para nos reunirmos com os nossos 'camaradas de armas' hoje", acrescentou Shang.

Guan Xiaoxuan, uma enfermeira de Shenyang, província de Liaoning, no nordeste da China, que trabalhou por quase dois meses em Wuhan, trouxe seu marido, pais, filho e filha para a cidade.

"Escrevi no meu diário no ano passado que queria voltar a Wuhan para ver as flores de cerejeira na próxima primavera e decidi vir assim que recebi o convite", disse ela.

Zhang Li, uma enfermeira da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, também passou quase dois meses no ano passado trabalhando em um hospital de Wuhan.

"Visitar Wuhan desta vez foi totalmente diferente. Enfrentamos uma grande pressão no ano passado", disse ela. "Muitos pacientes continuaram a nos convidar para voltar. Estou muito feliz em vê-los pessoalmente".

Guan Mengting, uma estudante de medicina da Universidade de Wuhan, disse que se inscreveu como voluntária assim que soube do evento.

"Eles foram um modelo para mim enquanto estudante de medicina", afirmou.

Todos os pontos turísticos de nível A em Wuhan ofereceram entrada gratuita para os profissionais de saúde que ajudaram na luta contra a epidemia.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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