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Chefe da ONU apela por ajuda para Moçambique enfrentar "tripla ameaça" das alterações climáticas, conflito e COVID-19

Fonte: Xinhua    15.03.2021 14h05

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, apelou no sábado à comunidade internacional para ajudar Moçambique a enfrentar a "tripla ameaça" das alterações climáticas, conflito e COVID-19.

"O povo moçambicano precisa urgentemente da nossa ajuda para enfrentar a tripla ameaça de conflito, a crise climática e a pandemia de COVID-19", disse o chefe da ONU em sua mensagem de vídeo no segundo aniversário do ciclone tropical Idai.

"Apelo à comunidade internacional para intensificar e apoiar o plano de resposta humanitária para Moçambique, que precisa de 254 milhões de dólares americanos para responder à escalada das necessidades humanitárias provocadas pela tripla crise", disse o alto funcionário da ONU.

Guterres disse que na sequência do ciclone Idai e do ciclone Kenneth sem precedentes, ele viajou para o país e viu com exclusividade a devastação e os esforços de recuperação.

"Jamais esquecerei", disse o secretário-geral. "Fiquei profundamente comovido com a força e resiliência de todos os afetados, e também fui inspirado pelo heroísmo dos primeiros socorristas".

"A força da tempestade é um lembrete de que o tempo está se esgotando para o mundo agir sobre as mudanças climáticas. Tempestades tropicais estão ficando mais intensas e frequentes. Partes da África estão esquentando duas vezes mais que a taxa global. Na verdade, a África é a menos responsável pela mudança climática e ainda está entre os primeiros e os piores a sofrer", enfatizou o secretário-geral.

"O mundo deve tomar medidas imediatas para mitigar o aquecimento global e, ao mesmo tempo, apoiar as nações na linha de frente das mudanças climáticas para construir resiliência e se adaptar aos impactos", observou o chefe da ONU.

Ele disse que dois anos após o ciclone Idai, muitas famílias ainda lutam para reconstruir suas vidas. A tempestade tropical Chalane atingiu em dezembro de 2020, seguida pelo ciclone tropical Eloise em janeiro de 2021.

"Essas tempestades foram emergências atrás de emergências", disse o chefe da ONU.

Ele apelou à comunidade internacional para se unir e ajudar conjuntamente o povo moçambicano a se recuperar melhor.

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