China refuta reportagem da BBC sobre abusos dos direitos das mulheres em Xinjiang

Fonte: Diário do Povo Online    05.02.2021 10h58

O Ministério das Relações Exteriores da China refutou na quinta-feira (4) uma reportagem da BBC sobre supostos abusos dos direitos das mulheres na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, afirmando que a China é contra qualquer ato de interferência em suas questões internas usando os assuntos de Xinjiang.

As declarações do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, foram em resposta a uma reportagem da BBC que afirmava haver "estupro sistemático" de mulheres nos "campos de Xinjiang".

Em coletiva de imprensa regular, Wang disse que não há estupro ou abuso sexual sistemático de mulheres. O respeito e a garantia dos direitos humanos são os princípios básicos estipulados pela Constituição da China, por ser um país governado por lei.

Desde a fundação da República Popular da China, realizações sem precedentes foram alcançadas na libertação e desenvolvimento das mulheres na China, disse o porta-voz. Mulheres de todos os grupos étnicos desfrutam de direitos políticos, direitos culturais e educacionais, direitos trabalhistas e de segurança social, direitos à casamento e à família, bem como outros direitos de acordo com a lei.

Não há os chamados campos de "reeducação" em Xinjiang, disse Wang, enfatizando que os centros de educação e treinamento vocacional da região fazem parte de seus esforços de combate ao terrorismo e anti-radicalização. Eles não são diferentes do Programa de Desistência e Desengajamento do Reino Unido (DDP, na sigla em inglês), ou os centros de anti-radicalização na França.

Os centros de educação e treinamento vocacional obedecem estritamente à Constituição e às leis para proteger os direitos básicos dos estagiários contra violação e proíbe insultar ou abusar dos estagiários de qualquer forma, disse Wang.

Ele afirmou que recentemente circulam muitas informações falsas sobre Xinjiang. Alguns dos entrevistados em relatórios anteriores foram apontados como "atores" e "ferramentas" usadas pelas forças anti-China para atacar a China usando os assuntos de Xinjiang.

Wang disse que a China dá as boas-vindas aos estrangeiros que defendem o princípio da objetividade para visitar Xinjiang e aprender sobre a real situação na região, mas também se opõe fortemente a qualquer tentativa de interferir nos assuntos internos da China, bem como sugestões de qualquer suposta investigação com a presunção de culpa.

Ele acrescentou que nos últimos anos, mais de 1.200 diplomatas, jornalistas e representantes de grupos religiosos de mais de 100 países visitaram Xinjiang.

Para o desenvolvimento social e econômico de Xinjiang, Wang destacou que o lado chinês publicou oito livros brancos relacionados a Xinjiang, e o governo da Região Autônoma Uigur de Xinjiang realizou 25 conferências de imprensa.

(Web editor: Fatima Fu, Renato Lu)

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