A variante do coronavírus que foi identificada pela primeira vez na Grã-Bretanha provavelmente já havia se propagado nos Estados Unidos em dezembro de 2020, e já poderia estar em todos os estados dos EUA agora, disse um artigo no site Business Insider na quarta-feira.
Mais de 30 casos da nova variante foram relatados nos cinco estados da Califórnia, Colorado, Flórida, Geórgia e Nova York, disse o relatório.
"Mas com toda a probabilidade, a variante entrou nos EUA muito antes dessas infecções serem detectadas e vem se espalhando silenciosamente por semanas", disse o documento.
Charles Chiu, professor de doenças infecciosas da Universidade da Califórnia, em San Francisco, foi citado pelo relatório como tendo dito que a variante "está circulando em nossa comunidade agora", já que nenhuma das pessoas infectadas viajou recentemente para o exterior.
Chiu disse que a variante foi introduzida no país "no início de dezembro ou logo depois" e "é muito provável que esteja em todos os estados", segundo o relatório.
O professor também observou que é "improvável" que a nova cepa do vírus tenha contribuído enormemente para o recente aumento de casos de COVID-19 no país.
"Não parece que esta cepa seja prevalente, pelo menos não atualmente", disse o especialista citado pelo artigo, acrescentando "que se esta cepa for realmente mais transmissível, podemos começar a ver uma proporção crescente de infecções por essa cepa".
Embora a variante não pareça causar doença mais grave em pessoas infectadas e as vacinas atuais ainda devam funcionar contra ela, ela pode levar a mais hospitalizações como resultado de um aumento nos casos, disseram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos na última semana.
Os Estados Unidos registraram mais de 21 milhões de casos com mais de 357 mil mortes relacionadas até a manhã de quarta-feira, de acordo com a contagem em tempo real feita pela Universidade Johns Hopkins.