O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou nesta quarta-feira com sua homóloga da República Democrática do Congo (RDC), Marie Tumba Nzeza, durante sua visita oficial ao país.
Wang disse que o entendimento, o apoio e a confiança mútuos são a base do desenvolvimento saudável e estável das relações China-RDC.
A política amigável da China para a RDC se mantém contínua e estável e não é afetada pelas mudanças em suas respectivas situações internas. A China não interfere nos assuntos internos dos outros países e respeita as decisões tomadas pelo povo da RDC, disse.
"Esperamos que a RDC mantenha sua estabilidade política e que obtenha a unidade e a revitalização nacionais. As relações China-RDC superaram a prova do tempo e certamente serão consolidadas e fortalecidas ainda mais", disse Wang.
A China apoia firmemente a RDC na salvaguarda de sua soberania, independência e integridade territorial e apoia as demandas razoáveis da RDC na comunidade internacional, disse.
"Acredito que a RDC continuará oferecendo à China entendimento e apoio nas questões relacionadas aos interesses fundamentais da China", disse.
Wang disse que no ano passado, o comércio China-RDC cresceu contra a tendência, o que reflete o alto grau de complementariedade e o grande potencial de desenvolvimento entre as economias dos dois países. A China está disposta a promover ainda mais a cooperação mutuamente benéfica entre as duas nações em conformidade com as necessidades da RDC, assinalou.
Aprofundar gradualmente a cooperação entre os dois países nos campos de saúde, agricultura, educação, setor digital e outros campos ajudará a RDC a transformar suas vantagens de recursos em vantagens de desenvolvimento, a promover o processo de industrialização, a beneficiar as pessoas comuns, e a melhorar a capacidade de desenvolvimento independente do país, assinalou Wang.
Wang expressou a esperança que a RDC ofereça um bom ambiente empresarial e uma sólida segurança às empresas chinesas no país.
Os dois países chegaram a um consenso sobre a construção conjunta do Cinturão e Rota, o que levará a mais empresas chinesas a investir na RDC, disse.
Wang indicou que a China felicita a RDC por ocupar a próxima presidência rotativa da União Africana (UA) e que apoia a RDC no cumprimento de seus deveres para coordenar os países africanos para que mantenham a unidade, desenvolvam suas economias e avancem para a prosperidade.
Tanto a China como a África são a favor do multilateralismo, se opõem ao unilateralismo, defendem a equidade e a justiça e se opõem à intimidação do poder, e trabalham em favor da democratização das relações internacionais e de um mundo multipolar, disse Wang.
Wang expressou a esperança de que a RDC aproveite plenamente o papel de presidente rotatório da UA, impulsione resultados frutíferos na nova sessão do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, na sigla em inglês), abra um futuro de cooperação China-África mais brilhante e construa uma comunidade China-África com um futuro compartilhado ainda mais forte.
A amizade entre a China e a RDC tem uma longa história. A relação entre os dois países se baseia no respeito, confiança e benefício mútuos, disse Nzeza.
A RDC agradece a China por sua importante ajuda na manutenção da paz e no desenvolvimento do país. A RDC apoia firmemente a China na salvaguarda da unidade nacional e integridade territorial, disse.
A RDC espera aprofundar ainda mais sua parceria estratégica com a China e fortalecer continuamente a cooperação entre os dois países em atendimento médico, agricultura, energia limpa, educação, infraestrutura elétrica, indústria digital, humanidades e outros campos, assinalou Nzeza.
A RDC espera que a China aumente ainda mais seu investimento no país. A RDC está preparada para assumir a presidência rotatória da UA e está disposta a promover ativamente a integração da África e a promover uma maior participação africana nos assuntos internacionais e regionais, disse.
A RDC está disposta a participar ativamente dos preparativos para a nova reunião do FOCAC e a contribuir para o seu sucesso, assinalou Nzeza.
As duas partes também trocaram opiniões sobre questões internacionais e regionais de interesse comum. Depois das conversações, as duas partes se reuniram com a imprensa.
