A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, respondeu na quinta-feira a acusações de alguns meios de comunicação e políticos ocidentais que, recentemente, usaram o termo "wolf warrior" para descrever a diplomacia da China. Hua ressaltou que a China não tem tradição de ser agressiva, mas também não recuará perante de intimidações e provocações.
"É verdade que existem algumas pessoas que nada sabem sobre a China, mas têm a intenção e o desejo de fazer acusações infundadas contra a China", disse Hua em uma coletiva de imprensa de rotina na quinta-feira, depois que a mídia alemã Der Tagesspiegel acusou a China de recorrer à "diplomacia wolf warrior".
O embaixador da UE na China, Nicolas Chapuis, disse na quinta-feira que a UE e os EUA devem trabalhar em conjunto para conter a "diplomacia wolf warrior” da China e colaborar com outros países na região do disputado Mar do Sul da China, informou a Reuters.
"Eu me pergunto se aqueles que acusam a China de 'diplomacia wolf warrior' já assistiram ao desenho animado da Disney, O Rei Leão, e o que pensam de Simba, o adorável leãozinho que cresceu e amadureceu num clima de suspeitas, censura e ataques", disse Hua.
"Houve conflitos entre a China e alguns países. Mas qual desses incidentes foi causado pela provocação da China? A China está interferindo nos assuntos internos de outros países, ou apenas o contrário?", indagou Hua.
Alguns países ocidentais, liderados pelos EUA, estigmatizaram a China e politizaram a pandemia, e o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a classificar a Covid-19 de "vírus da China". Os EUA suprimiram também empresas chinesas como a Huawei e o Tiktok em nome da segurança nacional. Junto com o Reino Unido e a Austrália, os Estados Unidos interferiram brutalmente nos assuntos relacionados a Hong Kong e atacaram maliciosamente o sistema político da China, chegando até a impor sanções.
"Quando se trata de ataques de lobo à China de alguns países, recorrendo a acusações forjadas, pode a China ser meramente um cordeiro silencioso?", Hua perguntou.
"O propósito deles é fazer com que a China se abstenha de retaliações ou repreensões e desista de seu direito de dizer a verdade", disse Hua.
Os observadores acreditam que o ocidente se ajustará ao novo estilo diplomático assertivo e confiante da China um dia, quando aceitar genuinamente a coexistência pacífica com uma China poderosa e admitir que a contenção e o confronto contra a China são inúteis e sem sentido.
Os representantes diplomáticos da China defendem os interesses e a dignidade de 1,4 bilhão de chineses, que representam um quinto da população mundial. Em questões relativas à soberania, segurança, interesses de desenvolvimento da China e justiça internacional, a diplomacia chinesa deve responder resoluta e vigorosamente a todas as provocações maliciosas, defender vigorosamente os interesses e dignidade nacionais e salvaguardar a justiça internacionais, concluiu Hua.