O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira acordo com a farmacêutica Pfizer para a compra de 70 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19).

Em entrevista à imprensa, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, assegurou que o acordo prevê a compra de 8,5 milhões de doses no primeiro semestre de 2021 e 61,5 milhões no segundo.

A Pfizer é uma das farmacêuticas que desenvolvem uma vacina contra a Covid-19, mas ainda não pediu autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil para que seu produto possa ser utilizado.

Nessa mesma semana, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tinha afirmado que o Brasil poderia começar a vacinar sua população ainda nesse mês de dezembro se for concedida autorização à Pfizer.

Segundo Franco, para isso é necessário obter "a autorização da Anvisa para seu uso emergencial e disponibilizar as doses".

O secretário deixou claro que em caso de que se consiga a aprovação, alguns grupos da população, como grávidas ou crianças, não receberão a vacina, pois não há ainda garantias suficientes de sua eficácia.

O acordo anunciado nesta quinta-feira é o segundo do governo brasileiro com uma farmacêutica para a compra de doses de vacina contra a Covid-19.

O Brasil já tinha anunciado um acordo com a britânica AstraZeneca e a Universidade de Oxford para a compra de 100,4 milhões de doses e a transferência de tecnologia para que possa ser produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro.

Inicialmente, serão recebidas 30 milhões de doses até fevereiro e 70,4 milhões entre março e agosto. Posteriormente, devem ser fabricadas no Brasil outras 100 milhões de vacinas.