EUA assediam passageiros e funcionários de empresas chinesas em desrespeito da lei

Fonte: Diário do Povo Online    30.11.2020 10h03

A nova prática de Washington de assediar membros do Partido Comunista da China levantou suspeitas de descriminação por parte do governo dos Estados Unidos.

Policiais dos EUA recentemente fizeram perguntas a funcionários de empresas de transporte marítimo e de aviação da China sobre a sua filiação ao Partido Comunista da China.

Fontes próximas ao assunto, disseram ao jornal China Daily, exclusivamente sob condição de anonimato, que tais levantamentos sobre a filiação ao Partido organizados por oficiais dos EUA ocorreram em várias ocasiões recentemente, a bordo de navios ou aviões chineses em solo americano.

Segundo a lei, os cidadãos chineses não precisam divulgar informações pessoais, como a sua filiação ao PCCh, quando solicitam um visto para os EUA.

O Ministério das Relações Exteriores da China apresentou protestos oficiais junto dos EUA sobre esse assunto por diversas vezes, sendo que os EUA não deram ainda nenhuma explicação legítima ou razoável.

Em 11 de novembro, policiais dos Estados Unidos e alguns outros funcionários à paisana embarcaram em 21 navios pertencentes à gigante chinesa COSCO Shipping e à Shanghai Zhenhua Heavy Industries Co Ltd, segundo as fontes.

A maioria dos navios foram abordados e inspecionados imediatamente após atracarem, o que "demonstra que os EUA vieram preparados".

O pessoal dos EUA examinou e fotografou os navios e verificou sua documentação. No auge dos ataques, 16 navios foram abordados um a um durante 25 dias em outubro, segundo as fontes.

"O extenso questionamento do lado norte-americano ao pessoal chinês durou, por vezes, várias horas, havendo uma fixação repetida na filiação ao PCCh e perguntas sobre os motivos para ingressar no Partido", segundo as fontes.

"Eles perguntaram também sobre coisas como as ligações da tripulação ao governo chinês, a situação atual da prevenção de epidemia na China e as opiniões da tripulação sobre os candidatos às eleições presidenciais dos Estados Unidos".

Além dos navios chineses, as autoridades dos EUA lançaram operações de surpresa em aviões chineses que chegavam em 16 ocasiões e questionarem detalhadamente as tripulações de cabine. Em três dessas ocasiões, o questionamento envolveu a adesão ao Partido, segundo as fontes.

"Tais práticas do lado dos EUA levantam suspeitas de aplicação discriminatória das leis (dos EUA) e de tentativas de provocar confronto ideológico, interromper as trocas regulares de visitas entre a China e os EUA e de criar deliberadamente problemas e obstáculos, dando às pessoas a impressão de que o macarthismo está ressurgindo nos EUA ", disseram as fontes.

O macarthismo se refere ao questionamento de figuras públicas e funcionários liderados pelo senador Joseph McCarthy dos Estados Unidos no início dos anos 1950.

"Se o lado americano persistir em perseguir e chegar ao ponto de recorrer à supressão ou perseguição aos membros do PCCh, o lado chinês considerará tomar contra-medidas recíprocas", disseram as fontes. 

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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