"Agora há esperança real de que as vacinas, em combinação com outras medidas de saúde pública testadas e comprovadas, ajudem a acabar com a pandemia", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira.
As observações do chefe da OMS vieram depois que a farmacêutica AstraZeneca disse na segunda-feira que sua vacina contra COVID-19, desenvolvida com a Universidade de Oxford, era mais de 90% eficaz, tornando-se a terceira grande empresa farmacêutica depois que a Pfizer e a Moderna terem relatado dados em estágio final para uma potencial vacina para a COVID-19.
"O significado dessa realização científica não pode ser exagerado. Nenhuma vacina na história foi desenvolvida tão rapidamente quanto estas. A comunidade científica estabeleceu um novo padrão para o desenvolvimento de vacinas", acrescentou o Dr. Tedros.
Ele apontou agora que a comunidade internacional deve estabelecer um novo padrão de acesso, já que "a urgência com que as vacinas foram desenvolvidas deve ser acompanhada pela mesma urgência de distribuí-las de forma justa".
Preocupado com a possibilidade de os países mais pobres e vulneráveis sejam pisoteados pela correria por vacinas, a OMS estabeleceu o Acelerador de Acesso a Ferramentas contra a COVID-19 para apoiar os esforços globais no desenvolvimento de vacinas, diagnósticos e terapêuticas, e até agora se juntou a 187 países nas instalações da COVAX para colaborar na aquisição e distribuição de vacinas, garantindo preços, volumes e prazos acessíveis para todos os países.
De acordo com o chefe da OMS, cerca de US$ 4,3 bilhões são necessários imediatamente para apoiar a aquisição e a entrega em massa de vacinas, testes e tratamentos, enquanto outros US$ 23,8 bilhões serão necessários no próximo ano.
"O Fundo Monetário Internacional estima que se as soluções médicas puderem ser disponibilizadas de forma mais rápida e ampla, isso poderá levar a um aumento cumulativo na receita global de quase US$ 9 trilhões até o final de 2025", disse ele.