De acordo com o website do Departamento de Estado dos EUA, seis meios de comunicação chineses, designadamente: Yicai Global, Jiefang Daily, Xinmin Evening News, Social Sciences in China Press, Beijing Review e Economic Daily, passarão a ser rotulados como “missões estrangeiras”.

Em fevereiro deste ano, os Estados Unidos haviam designado a agência de notícias Xinhua, a China Global Television Network (CGTN), Rádio Internacional da China, China Daily e a edição ultramarina do Diário do Povo Online como "missões estrangeiras".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse em 23 de junho que este é um novo exemplo da campanha de repressão política à imprensa chinesa, ilustrando a hipocrisia da liberdade de expressão defendida pelos EUA.

Zhao Lijian enfatizou que a China exorta os EUA a abandonarem a mentalidade da Guerra Fria e o preconceito ideológico, e a corrigirem rapidamente esta abordagem errada que prejudica todos. Caso contrário a China terá de retaliar em igual medida.

No dia 14 de agosto, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, afirmou que a designação do Centro do Instituto Confúcio nos EUA como "missão estrangeira" serve o propósito de demonizar e estigmatizar o funcionamento normal dos projetos de cooperação sino-americanos. Zhao expressou a forte insatisfação e comunicou a oposição da China face a esta situação, reiterando que o país se reserva ao direito de retaliar.

Zhao Lijian enfatizou que os Institutos Confúcio são uma ponte para ajudar pessoas de todo o mundo a aprender chinês, compreender a China e fortalecer o intercâmbio educacional internacional. Durante muito tempo, os Institutos Confúcio nos EUA foram instalados através de candidaturas voluntárias de universidades, com base nos princípios do respeito, igualdade e benefício mútuo. A operação e gestão é aberta e transparente, obedecendo estritamente às leis locais.

Zhao referiu ainda que Pompeo citou um grande número de supostos relatórios sem base fatual em suas declarações.

"Pedimos aos Estados Unidos que abandonem a mentalidade de soma zero da Guerra Fria, corrijam imediatamente seus erros, parem de politizar os programas de intercâmbio educacional relevantes, cessem a interferência na normalidade dos intercâmbios culturais entre a China e os Estados Unidos e parem de prejudicar a confiança mútua e a cooperação entre os dois países”, concluiu.