O primeiro-ministro português António Costa disse nesta terça-feira que seu país não recorrerá a empréstimos oferecidos pelo fundo de recuperação da União Europeia, e usará apenas as concessões de 15,3 bilhões de euros (US$ 17,91 bilhões) do programa.
"Portugal tem uma dívida pública muito elevada e assume sair desta crise mais forte do ponto de vista social, mas também mais sólido do ponto de vista financeiro", afirmou ele em um evento com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que está em visita oficial ao país europeu.
"A opção que temos é recorrermos integralmente às subvenções e não utilizaremos a parte relativa aos empréstimos enquanto a situação financeira do país não o permitir", disse o primeiro-ministro.
No discurso, Costa disse que o governo vai financiar projetos de recuperação e resiliência econômica, priorizando iniciativas de "duplo efeito".
Segundo ele, esses projetos devem "enfrentar as maiores vulnerabilidades sociais do país, aumentar o potencial de crescimento e reforçar a competitividade e a coesão territorial".
Além de defender uma modernização da educação profissional e do ensino superior nas áreas de ciência, tecnologia, artes e matemática, Costa disse que Portugal precisa de uma agenda de "reindustrialização".
Segundo Costa, tem que montar centros de produção de conhecimento, valorizar economicamente a melhor produção de conhecimento que o país tem, para que haja empresas capazes de produzir em Portugal novos produtos e novos serviços para o mercado global.