Volkan Bozkir, presidente da 75ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), abre o Debate Geral da 75ª sessão da Assembleia Geral da ONU na sede da instituição em Nova York, em 22 de setembro de 2020. (Rick Bajornas / Foto da ONU)

O Debate Geral da 75ª AGNU foi encerrado na terça-feira na sede da ONU, em Nova York, com uma nota positiva, com a grande maioria dos líderes mundiais e representantes nacionais expressando forte apoio ao multilateralismo e às Nações Unidas.

"Por meio de sua presença virtual, nossos líderes políticos demonstraram seu compromisso com o multilateralismo e com as Nações Unidas. A grande maioria confirmou esse compromisso em seus discursos", disse Volkan Bozkir, presidente da AGNU, na cerimônia de encerramento da cúpula virtual.

"Muitos reconheceram que o multilateralismo consiste no sistema mais eficaz para enfrentar os desafios globais, como a pandemia (Covid-19) e as mudanças climáticas", afirmou.

Observando que a reunião "foi substantiva e excepcional", apesar de, pela primeira vez na história das Nações Unidas, os líderes globais não puderem ter estado presentes, Bozkir enfatizou que "isso não impediu o multilateralismo de operar aos níveis mais altos. "

“Chefes de Estado, chefes de Governo e ministros estabeleceram uma agenda completa, que não só apoiou as prioridades que estabeleci, mas também forneceu orientação às etapas necessárias para superar os desafios que enfrentamos”, disse.

"O recurso adicional de comentários introdutórios pelos Representantes Permanentes foi pioneiro e manteve o espírito da ocasião."

“Quando os países soberanos puderem tomar ações que consideram adequadas, os líderes deixaram claro que as soluções, num mundo interdependente e interconectado, só podem advir de ações multilaterais, com a ONU como eixo central”, afirmou.

O presidente da AGNU expressou que no próximo ano e meses, ele "confiará resolutamente" nos Estados membros e seus líderes para apoiá-lo neste sentido.

Falando sobre Covid-19, Bozkir disse que "o apelo à solidariedade é impossível de ignorar no contexto da atual pandemia."

"Todos os países membros referiram-se às consequências catastróficas desta doença em seus discursos. Houve um claro reconhecimento de que uma doença que ignora as fronteiras globais requer uma solução que atenda a todos nós. Todos nós enfrentamos desafios decorrentes da pandemia", concluiu.