Produção da Coronavac no Brasil poderá servir para outros países latino-americanos, afirma governador de São Paulo

Fonte: Xinhua    29.09.2020 14h04

A produção brasileira da vacina contra o coronavírus Coronavac, do laboratório chinês Sinovac Biotech, que está na última fase de testes no Brasil, estará disponível para outros países latino-americanos depois da imunização da população local, afirmou nesta segunda-feira o governador de São Paulo, João Doria.

"Houve contatos e entendimentos de outros países da América Latina interessados na vacina Coronavac", disse Doria em entrevista à imprensa, ao se referir à cooperação para testar a vacina entre o laboratório chinês e o centro produtor de vacinas estatal Instituto Butantan.

Segundo o governador a cooperação ou venda a outros países latino-americanos acontecerá assim que a vacina, caso receba autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), possa ser fabricada na nova unidade fabril que começará a ser montada em novembro pelo Instituto Butantan para produzir a Coronavac no Brasil.

Inicialmente, no caso de aprovação da vacina no Brasil, serão disponibilizadas 60 milhões de doses da Coronavac para o Instituto Butantan, a partir de dezembro, até 28 de fevereiro.

A fábrica que receberá a transferência de tecnologia do laboratório chinês estará pronta em 2022, segundo as projeções oficiais.

"As obras começam em novembro, o plano para a conclusão da fábrica está pronto e depois de receber a transferência de tecnologia iniciaremos a produção local. Esta produção estará disponível também para outros países latino-americanos. Primeiro, estamos preparando para a vacinação no Brasil e depois para outras nações do nosso continente", comentou.

Doria destacou que a Anvisa ampliou de 9.000 a 13.000 o número de voluntários brasileiros que podem ser submetidos aos testes da vacina. Os resultados sobre a eficiência da Coronavac no Brasil estarão disponíveis a partir da segunda metade de outubro para que a Anvisa possa avaliá-los e aprovar ou não a vacina.

"Na China houve segurança nos testes superior a 94% sem efeitos colaterais. Os testes clínicos em São Paulo, Turquia e Indonésia vão apresentar mais comprovações", afirmou.

São Paulo, o estado mais populoso do Brasil com 46 milhões de habitantes, é o mais afetado pela COVID-19 no país, tanto em número de mortes como de infectados.

No entanto, o governador destacou que, pela décima semana consecutiva, os registros de internações e de óbitos de coronavírus caíram em São Paulo.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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