A China pediu na segunda-feira (21) que o Canadá liberte imediatamente a diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, e deixe-lhe retornar à China com segurança, para trazer as relações bilaterais de volta ao caminho certo, de acordo com um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo relatos da mídia, cerca de 100 ex-diplomatas canadenses enviaram recentemente uma carta conjunta ao primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, na qual pediam a troca de Meng por dois canadenses detidos, Michael Kovrig e Michael Spavor. Eles alegaram que a disputa não apenas prejudicou os laços bilaterais, mas também a capacidade do Canadá de lidar com os assuntos internacionais.
Wang Wenbin, o porta-voz do MRE da China, disse em uma coletiva de imprensa diária que a posição da China no caso de Meng Wanzhou é clara e firme. "Sob o pretexto de 'a pedido dos Estados Unidos', o Canadá arbitrariamente tomou medidas compulsórias contra uma cidadã chinesa, o que violou gravemente seus direitos e interesses legítimos."
A natureza do caso de Meng Wanzhou é totalmente diferente dos casos dos dois canadenses, disse Wang, observando que o caso de Meng é um grave incidente político, enquanto Kovrig e Spavor eram suspeitos de conduzir atividades que colocavam em risco a segurança nacional da China.
"Os órgãos judiciais chineses tratam dos casos de forma independente e os direitos legais dos dois canadenses são garantidos", disse ele.
Wang destacou que foi exatamente o que o Canadá fez no caso de Meng que causou as atuais dificuldades nas relações China-Canadá. "Instamos o Canadá a respeitar sinceramente a posição solene e as preocupações da China, libertar Meng imediatamente e garantir seu retorno seguro à China, de modo a criar condições para que o relacionamento bilateral volte ao caminho certo."