O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou na terça-feira (15) que Beijing concorda e está disposta a realizar arranjos para uma visita independente à Região Autônoma Uigur de Xinjiang, a pedido da União Europeia (UE).

O porta-voz do ministério, Wang Wenbin, na ocasião da declaração respondia numa coletiva de imprensa diária sobre a possibilidade de permitir que observadores independentes visitassem Xinjiang, mencionada durante a reunião de líderes China-Alemanha-UE na segunda-feira.

Wang afirmou que a China convida as pessoas a visitarem Xinjiang e aprenderem sobre a sua real situação, ao invés de acreditarem em boatos ou mesmo em mentiras inventadas.

Wang destacou que a China se opõe a investigações que contenham presunção de culpa.

Localizada no noroeste da China, Xinjiang se tornou a última vítima das proibições dos EUA, que farão com que algumas das exportações de Xinjiang, incluindo algodão e vestuário, sejam barradas ao país norte-americano.

Na reunião de terça-feira, o ministério chinês chamou as proibições de importação dos EUA, que cita abusos de direitos humanos na China, de "descarada intimidação" que vem sabotando as cadeias de abastecimento globais.

"Os EUA dizem que se preocupam com as minorias étnicas em Xinjiang enquanto, por outro lado, suprimem as empresas de Xinjiang", disse Wang durante a coletiva de imprensa.

Ele também enfatizou que a China tomará as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses de suas empresas e instou os EUA a parar de minar a cooperação normal entre empresas chinesas e americanas.