Estatuto dos jornalistas chineses nos EUA continua por definir

Fonte: Diário do Povo Online    07.08.2020 11h04

Nenhum dos jornalistas chineses nos EUA recebeu resposta das autoridades americanas na sua candidatura à extensão de visto até quinta-feira, o dia em que os seus vistos expiram, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.

“A China será compelida a tomar as medidas necessárias e legítimas se os EUA insistirem em seguir o caminho errado e redobrarem os seus erros”, disse Wang aos repórteres durante uma coletiva em Beijing na quinta-feira.

Os EUA tomaram várias medidas contra a imprensa chinesa desde 2018. A 8 de maio, a duração dos vistos concedidos a jornalistas chineses foi reduzida para 90 dias, impondo uma renovação a cada 3 meses.

Sob os atuais regulamentos, se os jornalistas não receberem uma resposta ao seu pedido de extensão, o caso passará a ser considerado “em processamento” e terão autorização para permanecer por 90 dias adicionais, até 4 de novembro.

Wang disse que as ações dos EUA comprometeram profundamente a atividade dos jornalistas chineses, corrompendo a reputação da imprensa chinesa e afetando o normal intercâmbio interpessoal entre os dois países.

“Foram os EUA a causar a atual situação e são os responsáveis”, disse ele, apelando a Washington para corrigir imediatamente seus erros e cessar a opressão política à imprensa e aos jornalistas chineses.

O porta-voz disse ainda na quinta-feira que a China valoriza que a Austrália aceite o desenvolvimento chinês, mas que espera que o país “passe das palavras aos atos”, de modo a promover a parceria estratégica sino-australiana bem como a paz e estabilidade regionais.

Durante o Fórum de Segurança Aspen, realizado online na quarta-feira, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que o seu país não havia encontrado evidências no sentido de restringir o aplicativo de vídeos de curta duração TikTok.

Morrison disse também que a construção de uma aliança no Indo-Pacífico com nações análogas será uma “prioridade crítica” para o seu governo, e que a ascensão da China enquanto parceiro econômico tem sido positiva para economia mundial, para a região do Indo-Pacífico e para a Austrália.

Wang concluiu: “A China está sempre comprometida com o desenvolvimento pacífico e nunca irá buscar a hegemonia ou o confronto”. Ele acrescentou que a arquitetura da cooperação regional deve seguir a tendência dos tempos e as aspirações das pessoas, as quais se baseiam na paz, cooperação, desenvolvimento e benefício coletivo.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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