China se opõe firmemente ao posicionamento de mísseis terrestres de médio alcance dos EUA na Ásia-Pacífico e na Europa, diz porta-voz

Fonte: Xinhua    05.08.2020 13h20

A China se opõe firmemente ao plano dos EUA de posicionar mísseis terrestres de médio alcance nas regiões Ásia-Pacífico e da Europa, declarou na terça-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.

Ele afirmou que as observações da Rússia sobre a decisão dos EUA de rescindir o Tratado das Forças Nucleares de Interesse Intermediário (INF) revelaram as verdadeiras intenções dos Estados Unidos.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu uma declaração na terça-feira, referindo que a retirada dos EUA do Tratado INF um ano atrás constituiu um grave erro. O ministério russo acrescentou que após anunciar a retirada, os Estados Unidos adotaram imediatamente uma política para concluir a proliferação de armas anteriormente restritas pelo tratado, revelando assim seu plano de posicionar mísseis avançados na região da Ásia-Pacífico.

Wang comentou que depois que os Estados Unidos se retiraram oficialmente do Tratado INF, foram além, ao saírem de outras organizações e tratados, tendo sucessivamente anunciado sua retirada do Tratado sobre Comércio de Armas, abandonado o Tratado de Céus Abertos, e reinterpretado unilateralmente o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis para promover a exportação de sistemas aéreos não tripulados.

Por enquanto, os Estados Unidos ainda não concordaram em prorrogar o Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas, disse Wang.

"Estes passos negativos dos Estados Unidos prejudicaram seriamente a paz e a segurança globais e regionais, afetaram o controle internacional de armas e o desarmamento, debilitaram a confiança mútua entre os principais países, minaram a estabilidade estratégica global e desmascararam as intenções do governo dos EUA de buscar o unilateralismo e a hegemonia militar", afirmou Wang.

Os Estados Unidos precisam seriamente responder às preocupações da comunidade internacional e adotar ações práticas que conduzam à paz e estabilidade globais e regionais", acrescentou.

(Web editor: Beatriz Zhang, editor)

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