MRE chinês exorta EUA a pararem com a supressão da imprensa chinesa

Fonte: Diário do Povo Online    05.08.2020 10h04

Em resposta ao fato dos jornalistas chineses nos EUA não terem obtido a extensão do seu visto, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse no dia 4 que tais ações por parte dos EUA interferem seriamente com a normal cobertura jornalística da imprensa chinesa nos EUA. Tais atividades danificaram profundamente a reputação da imprensa chinesa e interferiram seriamente com o normal intercâmbio cultural entre os dois países. Os EUA devem corrigir imediatamente seus erros e parar com a repressão política da imprensa e dos jornalistas chineses, afirmou.

Wang Wenbin disse durante uma coletiva de imprensa que em 8 de maio passado os EUA reduziram significativamente o período de estada dos jornalistas chineses nos EUA para menos de 90 dias, estando sujeitos a pedidos de prolongamento de estadia a cada 3 meses. “Nós sabemos que os repórteres em questão já submeteram o pedido para extensão dos vistos nos EUA, mas até à data ninguém recebeu uma resposta clara das autoridades americanas”.

Ele disse que durante algum tempo, os EUA escalaram continuamente a sua repressão política dos media chineses devido à mentalidade de Guerra Fria e preconceito ideológico. Em dezembro de 2018, os EUA requisitaram que agências mediáticas chineses nos EUA fossem registradas como “agentes estrangeiros”.

Desde 2018, os pedidos de visto de mais de 20 jornalistas chineses foram atrasados indefinidamente ou mesmo recusados pelos EUA. Em fevereiro de 2020, os EUA listaram 5 organizações mediáticas chinesas nos EUA como “missões estrangeiras”, e imediatamente impuseram restrições nos funcionários destas organizações, “expulsando” 60 repórteres chineses. Em maio os EUA restringiram o período de estadia dos jornalistas chineses nos EUA para menos de 90 dias. Em junho, foram adicionados à lista de “missões estrangeiras” 4 meios de imprensa adicionais.

 Wang afirmou que os repórteres chineses respeitam a ética profissional do jornalismo, defendem os princípios de objetividade, justiça, verdade e exatidão, levando a cabo a cobertura jornalística em várias partes do mundo, incluindo os EUA. As ações adotadas pelos EUA interferiram seriamente com as normais atividades jornalísticas da China em solo americano, manchando a sua reputação e interferindo seriamente com os intercâmbios culturais entre os dois países.

“Por um lado, os EUA propagam a liberdade de imprensa, por outro, interferem e obstruem a atividade da imprensa chinesa. Isto expõe a hipocrisia da suposta ‘liberdade de imprensa’” afirmou.

Wang acrescentou que a responsabilidade da situação atual é dos EUA e deixou o apelo à cessassão da repressão política à imprensa e jornalistas chineses. “Se os EUA insistirem em manter esta postura, repetindo erros atrás de erros, a China será forçada a implementar a réplica necessária e assegurar seus direitos e interesses legítimos”.

Relativamente à questão dos repórteres americanos em Hong Kong, Wang Wenbin reiterou que a Região Administrativa Especial de Hong Kong é parte da China. A China será forçada a tomar as medidas necessárias e legítimas face à supressão injustificada da imprensa chinesa, sendo que isso é um assunto do domínio da diplomacia do governo central. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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