Os Estados Unidos planejam retirar 11.900 militares da Alemanha, reduzindo as tropas americanas de cerca de 36 mil para 24 mil, disse o secretário de Defesa, Mark Esper, nesta quarta-feira.

Entre os militares americanos que seriam retirados, cerca de 5.600 serão reposicionados para outros países da OTAN, enquanto o resto voltará aos Estados Unidos, com alguns começando posicionamento rotacional de volta à Europa, disse o chefe do Pentágono em uma coletiva de imprensa.

Algumas forças americanas atualmente estacionadas na Alemanha seriam enviadas para a Bélgica e Itália, e outras começariam a rotação contínua na região do Mar Negro, de acordo com Esper.

"Também planejamos rodar o elemento principal do recém-estabelecido quartel-general do Exército para a Polônia, uma vez que Varsóvia concorda com um Acordo de Cooperação de Defesa e detalhes de compartilhamento de encargos, como prometido anteriormente", disse ele.

Esper observou que o Pentágono busca implementar seus planos "o mais rapidamente possível", acrescentando que a reimplantação pode começar dentro de semanas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem reclamado repetidamente que os aliados dos EUA estão explorando o país em gastos com defesa.

Criticando a "delinquência" de Berlim sobre os gastos militares, Trump ordenou no mês passado que os militares dos EUA retirassem 9.500 soldados da Alemanha. "Até que eles paguem, estamos removendo nossos soldados", disse ele.

Dezenas de republicanos da Câmara manifestaram oposição à decisão de Trump de reduzir a presença militar do país na Alemanha.

O anúncio da redestacamento veio à medida que as relações entre Washington e Berlim ficaram tensas. Os dois aliados têm estado em desacordo entre si sobre questões nucleares do Irã, o projeto de gasoduto Nord Stream 2 e o compartilhamento de encargos de defesa, entre outros tópicos.