No dia 23 de julho a China deu início à sua primeira missão de exploração de Marte, lançando com sucesso a sonda “Tianwen-1” a partir da base de lançamentos de Wenchang.
A missão visa orbitar, pousar e explorar a superfície do planeta vermelho. Tal sequência nunca foi alcançada por nenhum país na primeira missão enviada a Marte.
Esta missão é das mais importantes e tecnicamente mais arriscadas, sendo que existe apenas uma oportunidade da sonda dar entrada no campo gravitacional marciano.
Devido à quantidade limitada de combustível, após chegar a Marte, o orbitador não pode deixar escapar a única oportunidade de inserção na órbita do planeta vermelho.
Liu Tongjie, o vice-diretor do Centro Nacional de Administração da Exploração Lunar e Engenharia Espacial e porta-voz da missão a Marte, disse que, durante o processo de captura, o orbitador precisa de gerir com precisão a ignição e travagem, sendo que qualquer falha pode impedir que a sonda entre na órbita marciana.
Objetivando resolver o problema da comunicação de longa distância, a sonda está equipada com um sistema integrado de medição, controle e transmissão de dados, mantendo as metas de baixo peso e alta eficiência de comunicação.
Para compensar as condições espaciais, a sonda está equipada com um amplificador de ondas magnéticas e uma antena direcional de grande diâmetro, capaz de potenciar a capacidade de transmissão de dados da sonda.
Os satélites que orbitam em torno da terra são controlados pelas bases terrestres, no entanto, devido à distância entre a Terra e Marte, a sonda não terá instruções precisas e em tempo real.
A sonda dispõe de diversos equipamentos capazes de analisar a estrutura geológica, topográfica, composição e distribuição mineral, deteção de água, captura de imagens e registro das leis da física do planeta.
A sonda contém uma câmara de média resolução capaz de analisar a topografia e a geomorfologia de Marte, e uma outra câmara de alta resolução adicional que será utilizada na análise e exploração de áreas-chave do planeta.