Um consórcio português liderado pela Associação BLC3 anunciou na terça-feira que desenvolveu equipamentos que eliminam o novo coronavírus por meio de emissão "controlada" de ondas de radiação que são "muito mais eficientes do que a radiação solar".

O coordenador da pesquisa, João Nunes, explicou à Agência de Notícias Lusa que a tecnologia "AT MicroProtect" consiste em um dispositivo que emite ondas de radiação de um comprimento específico que pode eliminar o vírus SARS-CoV-2, que causa a doença COVID-19, no ar.

Sabe-se há décadas que as lâmpadas de radiação ultravioleta são capazes de eliminar bactérias e vírus, mas em testes realizados pela equipe BLC3, todas as 16.982 partículas de SARS-CoV-2 expostas a essas novas ondas, apenas cinco partículas não foram eliminadas em um minuto -- representando uma eliminação de 99,97%.

Segundo o pesquisador, o teste foi realizado em 27 amostras de diferentes lugares do mundo, e "todos os resultados foram validados cientificamente".

Nunes disse que o equipamento não utiliza produtos químicos e só precisa de energia elétrica para começar a emitir "ondas de radiação".

Nunes disse que os equipamentos devem ser instalados principalmente nos locais de trabalho dos profissionais de saúde, nos transportes e em locais com alto número de pessoas, como aeroportos, shopping centers ou asilos.