Chefe da OMS preocupado com situação pandêmica dos povos indígenas nas Américas

Fonte: Xinhua    21.07.2020 10h57

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira que sua organização está profundamente preocupada com o impacto da COVID-19 sobre os povos indígenas nas Américas, o atual epicentro da pandemia.

Ele destacou em uma coletiva de imprensa virtual que, até 6 de julho, mais de 70 mil casos e mais de 2 mil mortes haviam sido relatados entre as populações indígenas nas Américas.

"Mais recentemente, pelo menos 6 casos foram relatados entre o povo nahua, que vive na Amazônia peruana", salientou o chefe da OMS.

Segundo ele, existem até 500 milhões de indígenas em todo o mundo, distribuídos em mais de 90 países, que muitas vezes têm uma alta incidência de pobreza, desemprego, desnutrição e doenças transmissíveis e não transmissíveis, tornando-as mais vulneráveis à COVID-19 e seus graves resultados.

O Dr. Tedros ressaltou que, uma das principais ferramentas para suprimir a transmissão em comunidades indígenas, bem como em outras comunidades, é o rastreamento de contatos.

"Nenhum país pode controlar sua epidemia se não souber onde está o vírus", observou.

O Escritório Regional da OMS para as Américas publicou recentemente recomendações para prevenir e responder à COVID-19 entre os povos indígenas, e a OMS também está trabalhando com o Coordenador das Organizações Indígenas da Bacia do Rio Amazonas para intensificar a luta contra a COVID-19, revelou ele.

(Web editor: Beatriz Zhang, editor)

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