A China se opõe firmemente às sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos a outros países de acordo com suas leis internas, disse nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin.
Wang fez as observações depois que o alto representante da União Europeia (UE) para Assuntos Externos e Política de Segurança, Josep Borrell, expressou na sexta-feira suas preocupações sobre o uso crescente de sanções, ou ameaça de sanções, pelos Estados Unidos contra as empresas e interesses europeus.
"Testemunhamos essa tendência de desenvolvimento nos casos do Irã, Cuba, do Tribunal Penal Internacional e, mais recentemente, dos projetos Nord Stream 2 e TurkStream", disse Borrell em um comunicado, acrescentando que a UE "considera a aplicação extraterritorial de sanções contrária ao direito internacional".
A China tomou nota da declaração relevante da UE, disse Wang em uma coletiva de imprensa, enfatizando que o lado dos EUA impõe sanções unilaterais e "jurisdição de braço longo" a outros países, de acordo com as leis internas.
"Isso viola as leis internacionais e as normas básicas das relações internacionais, danifica os direitos e interesses legítimos e legais de outros países e vai contra a vontade da população", disse o porta-voz.
A China apoia todos os países do mundo a realizarem uma cooperação internacional normal de acordo com as regras internacionais prevalecentes, disse Wang.