OMS busca ajudar nações latino-americanas a receber vacina de Covid-19 'subsidiada'

Fonte: Diário do Povo Online    15.07.2020 15h35

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando para garantir que os países da América Latina recebam uma vacina "subsidiada" a um preço "acessível", uma vez que ela disponível, disse na terça-feira a diretora regional da OMS para as Américas, Carissa Etienne.

A região da América Latina se tornou o mais recente epicentro da pandemia, com as mortes pelo novo coronavírus na região na segunda-feira superando o número de mortos na América do Norte pela primeira vez desde o início do surto.

Muitas nações latino-americanas são vulneráveis, com os sistemas de saúde lutando para lidar com os 3,4 milhões de casos confirmados da região e 146.000 mortes, segundo dados da Reuters.

Em uma entrevista virtual, Etienne afirmou que a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional da OMS com sede em Washington, estava trabalhando para "garantir que os países mais vulneráveis da região recebessem a vacina Covid-19 de forma subsidiada e a um preço acessível. "

A corrida global por uma vacina e tratamentos contra o novo coronavírus se transformou em uma batalha entre as nações mais ricas do mundo, com países ricos comprando estoques limitados de medicamentos ou adquirindo suprimentos futuros das vacinas em potencial mais promissoras.

Embora a vacina possa estar um pouco distante, os países latino-americanos com orçamentos pequenos terão dificuldades para competir, afirmaram especialistas.

"De que serve uma vacina se as pessoas não têm acesso a ela?" Etienne disse.

A OPAS possui um mecanismo de cooperação chamado "Fundo Rotativo", através do qual as vacinas, seringas e suprimentos relacionados são comprados em nome de seus Estados membros, independentemente do seu tamanho ou das suas condições econômicas.

Etienne afirmou que sua organização está negociando "ativamente" com o fundo de acesso global para que as vacinas Covid-19, conhecidas como COVAX, possam "alcançar as melhores condições possíveis para os países da região".

Ela instou essas nações a participarem dos ensaios clínicos para "acelerar a criação da vacina".

(Web editor: Renato Lu, editor)

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