A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) rejeitou na quarta-feira um pedido da Coreia do Sul de enviar forças especiais a Pyongyang para auxiliar nas negociações e diminuir as tensões atuais na península, informou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).
As autoridades sul-coreanas "encenaram a pequena farsa de pedir que aceitássemos enviar forças especiais em 15 de junho", mas a "proposta sinistra e sem tato" foi categoricamente rejeitada por Kim Yo Jong, primeiro vice-diretor de departamento do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, noticiou a KCNA.
"Levamos a sério a atitude desrespeitosa do lado sul de querer que enviássemos forças especiais a partir de um apego persistente, apesar de estarem cientes do fato de que medidas anti-epidêmicas de emergência sem precedentes estão em vigor e nenhuma entrada ou saída é permitida no território da RPDC ", afirmou.
"Podemos adivinhar o quanto o lado sul reage à situação atual e qual poderia ser sua antecipação das consequências, mas estamos extremamente descontentes por ter um julgamento tão absurdo e uma proposta imprudente", acrescentou.
É impossível, disse o relatório, resolver a atual crise entre o Norte e o Sul, "causada pela incompetência e irresponsabilidade das autoridades sul-coreanas" e a crise "somente poderá ser extinguida quando o preço adequado for pago" pelo o sul.
Na terça-feira (17), a Coreia do Norte demoliu um escritório de ligação inter-coreano na cidade fronteiriça de Kaesong em retaliação pelo fracasso do Sul em impedir os ativistas de enviar panfletos anti-RPDC para o Norte. Pyongyang também cortou todas os meios de comunicação com Seul.