O ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, realizou uma coletiva de imprensa na tarde de quarta-feira (15) em que ficou evidente seu tom de despedida.
O ministro e seus dois auxiliares principais, o secretário-executivo João Gabbardo e o secretário de Vigilância e Saúde, Wanderson de Oliveira, apresentaram um balanço de suas atividades de maneira que a mídia brasileira acredita que tenha sido a última coletiva de imprensa realizada por Mandetta.
O ministro da Saúde confirmou que Oliveira pediu para se retirar do ministério na manhã de quarta-feira, mas que ele recusou a demissão. “Entramos juntos e sairemos juntos”, afirmou o ministro, fazendo referência aos seus dois assessores.
No dia anterior, uma reunião ministerial foi realizada no Palácio do Planalto para discutir como lidar com a pandemia do novo coronavírus. E, durante a reunião, Mandetta quase não se pronunciou.
Após a reunião de terça-feira (14), Mandetta retornou ao Ministério da Saúde, convocou sua equipe e afirmou que sua demissão é iminente. Ele adiantou que o presidente brasileiro, Bolsonaro, procura um substituto e que ainda nesta semana deve ocorrer a substituição.
Mandetta enfatizou que permanecerá no cargo até que ele seja oficialmente demitido e haja um substituto.
Durante uma conversa intra-ministerial, alguns assistentes de Mandetta sugeriram que ele apresentasse sua demissão. No entanto, Mandetta insiste em seu compromisso, devendo sair apenas se o presidente brasileiro o demitir.
Mandetta afirmou que planeja concluir os três projetos em andamento antes de deixar o Ministério da Saúde.
Ele realiza esforços para acelerar o ritmo, a fim de concluir o plano de gerenciamento de controle de vírus na área de favelas, o relatório dos leitos médicos existentes no Brasil e o processo contínuo de compras de equipamentos e suprimentos hospitalares.