Rio de Janeiro, 5 mar (Xinhua) -- O governo brasileiro está cobrando 1,3 bilhão de reais (US$ 280 milhões) de infratores como compensação pelo desmatamento na floresta amazônica, informaram fontes oficiais nesta quinta-feira.
Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), o valor corresponde a 29 ações civis públicas protocoladas nesta quinta, além de outras enviadas em dezembro do ano passado à Justiça.
Nesses processos, os grandes infratores são cobrados para ressarcir os prejuízos causados pela exploração ilegal de madeira e atividades irregulares de pecuária.
As áreas foram desmatadas ao longo do tempo em decorrência de atividades econômicas ilícitas nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Amapá (norte do Brasil) e Mato Grosso (centro-oeste).
A denuncia foi um trabalho da Força-Tarefa de Defesa da Amazônia, grupo criado em setembro passado, formado por procuradores da AGU e membros do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O desmatamento da floresta amazônica do Brasil entre agosto de 2018 e julho de 2019 alcançou 9.762 quilômetros quadrados, um aumento de 29,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A perda de vegetação é a mais alta registrada desde 2008, quando superou os 12 mil quilômetros quadrados.