Um funcionário da alfândega verifica informações de saúde dos passageiros na quarta-feira (4) no Aeroporto Internacional Putong em Shanghai. Yin Liqin/ China New Service
A China irá oferecer assistência e compartilhará sua experiência com as nações abaladas pela pneumonia causada pelo novo coronavírus (COVID-19).
A China fará todo o possível para fortalecer a cooperação com a Organização Mundial de Saúde e oferecerá assistência para atender às necessidades urgentes de países severamente atingidos pela epidemia de pneumonia causada pelo novo coronavírus, afirmou um oficial sênior do Ministério das Relações Exteriores.
Dada a tendência de disseminação global da epidemia, a China, dentro de sua capacidade, forneceu kits de teste para alguns países, incluindo Paquistão e Japão, e compartilhou soluções terapêuticas com muitos outros, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu, numa entrevista coletiva em Beijing.
Ma acrescentou que o governo chinês em breve fornecerá materiais médicos urgentemente necessários à Coréia do Sul, à medida que o número de casos confirmados continua a aumentar no país, que tem mais infecções fora da China.
Os dois países estão também buscando estabelecer um procedimento conjunto de quarentena para impedir efetivamente a transmissão além-fronteiras, disse ele.
Até a quinta-feira, mais de 13.000 casos de coronavírus foram reportados fora da China, com Coreia do Sul, Itália, Irã e Japão sendo os países mais afetados.
De acordo com Ma, os pedidos de assistência que a China tem recebido de outros países são para envio de kits de teste, materiais de proteção, como máscaras, medicamentos e experiência de tratamento.
“De fato, muitos desses países providenciaram doações para a China para combater o vírus,” afirmou Ma.
Enquanto na segunda-feira, 62 países e sete organizações internacionais doaram materiais médicos como máscaras e roupas protetivas que a China necessita urgentemente.
Zeng Yixin, vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, afirmou em uma coletiva de imprensa que a China também aumentará a cooperação técnica e as comunicações com a comunidade internacional.
“China continuará apoiando o intercâmbio entre especialistas chineses e estrangeiros sobre o compartilhamento de técnicas e tratamentos preventivos através de várias formas como videoconferências e teleconferências,” enfatizou Zeng.
A China também irá apoiar instituições médicas e de saúde pública nacionais para enviar especialistas para cooperarem com instituições de países relevantes e ajudá-los a treinar profissionais médicos, afirmou ele.
Ma, o vice-ministro das Relações Exteriores, enfatizou que a epidemia mais uma vez deixou claro que as nações compartilham interesses na era da globalização.
"Diante da epidemia, todos os países devem se ajudar como passageiros no mesmo barco, fortalecer a cooperação e construir em conjunto uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”, afirmou.
Ele acrescentou que a China espera que a Organização Mundial de Saúde promova ainda mais a cooperação internacional, especialmente oferecendo mais apoio e assistência aos países em desenvolvimento com fraca capacidade de proteção.
"A China não se ausentará de tais esforços," ressaltou Ma, acrescentando que o país está considerando uma doação financeira à OMS em resposta ao apelo para ajudar na luta contra o vírus.