A China está gradualmente contendo a epidemia do novo coronavírus e retomando a produção, por forma a manter a cadeia de fornecimento global, minimizando o impacto na economia mundial.
A China é, simultaneamente, uma fábrica do mundo, um mercado do mundo, e também uma base de investigação e desenvolvimento e um centro financeiro. A epidemia veio colocar em destaque sua importância e insubstituibilidade na cadeia de fornecimento global.
A China detém no seu território todas as categorias industriais da Nações Unidas. Entre mais de 500 produtos industriais, a China lidera no output de mais de 220 produtos em todo o mundo.
Com a retoma da produção, as empresas chinesas estão também voltando a repor o “fornecimento global”.
Na China Railway Construction Heavy Industry, em Changsha, finaliza-se a construção de uma tuneladora.
Esta máquina de 2300 toneladas, com grande capacidade de mobilidade e manobrabilidade, está prestes a ser exportada para a Índia, onde será utilizada na construção de um túnel costeiro nas imediações de Bombaim. Esta será a maior tuneladora da Índia.
“Começamos a retomar o trabalho e a produção pouco a pouco em 10 de fevereiro, e dar prioridade a projetos no estrangeiro e situações de emergência, afirmou Sun Qiang, vice-diretor da empresa.
No primeiro dia da retomada de produção, uma tuneladora foi exportada para a Turquia. Segundo Sun Qiang, a empresa está repleta de encomendas.
As decisões de investimento das multinacionais estão focadas no longo prazo. Os mercados geralmente reagem a epidemias como choques temporários, sendo que será difícil abalar a posição internacional da China e, objetivamente, a pressão deverá contribuir para o aceleramento do processo de valorização da cadeia industrial do país.
Nicholas Lardy, um investigador no Peterson Institute for International Economics dos EUA, afirmou que, devido à dependência das empresas globais da cadeia de fornecimento da China, é improvável que ela sofra grandes modificações.
A Jiangsu Sierbang Petrochemical Co. Ltd, uma subsidiária do grupo Shenghong, está se aproximando da capacidade total. Antes do Festival da Primavera, a empresa formulou um plano de produção para a situação epidêmica. Atualmente, as matérias-primas e os funcionários ao serviço são já suficientes para a retomada da produção.
“Podemos garantir um fornecimento de cerca de 2,000 empresas domésticas e estrangeiras”, afirmou Xiao Qipeng, engenheiro da empresa.
Os produtos petroquímicos do Grupo Shenghong estão relacionados com várias indústrias, como indústria automóvel, eletrodomésticos, têxteis, fotovoltaicos, borracha, medicina, e são vendidos para o Japão, Coreia do Sul, Europa, Estados Unidos, entre outros países e regiões.
Com a melhoria das medidas de prevenção e controle em várias partes da China, as ações por parte de empresas estrangeiras na China para retomar ativamente os trabalhos e a produção revelam uma forte confiança na economia chinesa.
De acordo com dados do Ministério do Comércio da China, em janeiro, 3,485 empresas com investimento estrangeiro foram estabelecidas em todo o país, com um uso efetivo de capital estrangeiro de 87,57 bilhões de yuans - um aumento anual de 4%. No presente, a retomada de empresas com investimento estrangeiro em Shanghai, Shandong, Hunan e outros países excedeu os 80%.