Reino Unido registra primeira morte por Covid-19
A Organização Mundial de Saúde (OMS), advertiu na quinta-feira que alguns países não estavam encarando com seriedade a ameaça que o novo coronavírus constitui, sendo que tal pode ter consequências graves.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus absteve-se de referir nomes, mas disse que a lista de países é longa. Enquanto que a maioria dos casos de Covid-19 estão ainda concentrados em algumas nações, Tedros disse que a OMS está profundamente preocupada com o crescente número de países que relatam novos casos, especialmente os que apresentam sistemas de saúde mais frágeis.
Ele reiterou que a epidemia é uma ameaça global, que não escolhe índices de desenvolvimento, reiterando que “mesmo os países desenvolvidos devem esperar surpresas”.
“A solução passa por preparativos agressivos”, disse. “Estamos preocupados que alguns países possam não ter levado isto suficientemente a sério, ou tenham decidido que não há nada que possam fazer”.
Na Europa, a Itália continua sendo o país mais afetado, com mais de 3,000 casos e 107 mortes. Na quinta-feira, o Ministério de Saúde francês anunciou mais duas mortes, alavancando o total de óbitos para 6, com 92 novos casos confirmados, para um total de 377.
O Reino Unido apresentou também a primeira morte, à medida que o número de casos positivos subiu para 115,25, todos eles em Londres.
Na quinta-feira de manhã o Brussels Times relatou 27 novos casos na Bélgica, fazendo com que o número total de infetados tenha subido para 50.
Tedros destacou que em alguns países o nível de compromisso político e de ação tomada não correspondem à gravidade da ameaça que o mundo enfrenta.
Ele afirmou que as ações devem começar pelo topo, com a liderança coordenando todo o governo, não somente o ministério da saúde. Segurança, diplomacia, finanças, comércio, transportes, informação, etc - todo o governo deve estar envolvido.
“Ativem os vossos planos de emergência mobilizando todo o governo”, apelou.
Tedros disse que, se os países atuarem de modo agressivo, com vista a encontrar, isolar e tratar destes casos, será possível mudar a trajetória desta epidemia.
Ele enfatizou que a ameaça que o vírus constitui irá depender não só do próprio vírus mas do modo como as pessoas respondem à sua ameaça. “Isto é uma doença séria. Não é mortal para a maioria das pessoas, mas pode matar”, concluiu.