Brasília, 11 fev (Xinhua) -- O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, assinou nesta terça-feira o decreto de criação do Conselho da Amazônia, que será liderado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, com a missão de proteger, preservar e desenvolver a região amazônica.

Mourão terá a responsabilidade de coordenar os esforços dos diferentes ministérios envolvidos no assunto, buscando otimizar os recursos e assegurando uma ação conjunta para a solução dos problemas da região.

Após assinar o decreto em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que é importante "transmitir a imagem" de que a Amazônia pertence ao Brasil.

Segundo o presidente, a região amazônica, "tão rica em biodiversidade, riqueza mineral, espaços vazios, gás, petróleo, água potável", desperta a cobiça do mundo.

"No ano passado, um chefe de estado da Europa se atreveu a dizer que a soberania da Amazônia não era nossa. Temos que nos preparar, implementar políticas que transmitam a imagem de que a Amazônia é nossa, que queremos que se conserve e que seus bens não fiquem ali, escondidos para sempre", afirmou.

Bolsonaro também recordou o processo de demarcação das terras indígenas yanomami nos anos 90, quando era deputado, e questionou a política para a região nos governos anteriores.

"Deixo muito claro que ninguém é contra dar a devida proteção à terra de nossos irmãos índios. Mas não da forma que foi feita, causando o estabelecimento de uma indústria de demarcação de terras indígenas", enfatizou.

Ao assumir a presidência do Conselho da Amazônia, o vice-presidente Mourão declarou que trabalhará para o desenvolvimento econômico da região e que o fará a partir de um diálogo com os setores interessados.

"Estamos falando de 25 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, muitos deles sem assistência, mas também das riquezas incomensuráveis que estão ali, grande parte, desconhecidas", destacou.

"Precisamos e queremos escutar os estados, os municípios, a academia, o empresariado e as entidades dedicadas ao bem comum", afirmou.

"A floresta nos pertence e a Amazônia nos une", concluiu.