Uma reunião liderada pelo primeiro-ministro Li Keqiang no domingo deixou o apelo à flexibilização das condições e horários laborais, de modo a reduzir a concentração de pessoas, visando conter o contágio do coronavírus.
O encontro do grupo de liderança do Comitê Central do Partido Comunista da China, efetuado para fazer frente à crise epidémica enfrentada no país, resultou no apelo às empresas e instituições governamentais para evitar a mobilização em massa de pessoas, e dar a possibilidade de trabalhar de casa após as férias do Festival da Primavera.
O Conselho de Estado já havia ampliado as férias até segunda-feira, visando a redução de multidões. As férias são geralmente acompanhadas de centenas de milhões de pessoas que viajam por todo o país entre o local de trabalho e a terra natal para passar a ocasião festiva em família.
Além do apelo a um hórario flexível, o encontro salientou também a necessidade de assegurar a opção de que as pessoas regressem ao trabalho gradualmente, nas áreas relacionadas com o controlo epidémico, na função pública e em quaisquer empresas relacionadas com a economia nacional.
Grupos chave, como trabalhadores migrantes, devem ser aconselhados no sentido de regressarem ao trabalho em grupos, segundo um comunicado emitido após o final da reunião.
As autoridades locais têm a missão de determinar com precisão a situação do fornecimento e demanda de materiais para o combate do surto, incluindo farmacêuticos, equipamentos protetores e esterilizadores. O governo irá adotar medidas para apoiar os negócios no regresso à total capacidade produtiva.
O abastecimento de bens de primeira necessidade será também reforçado, com medidas de reposição de operações na produção de cereais, óleo, processamento alimentar e energia, refere o documento.
Um canal verde para o abastecimento de materiais-chave será estabelecido para priorizar o transporte de cereais, vegetais e carvão.
A demanda da província de Hubei por máscaras e equipamentos protetores será também tida em especial apreço durante este período, segundo o comunicado.
Até sábado, a parte continental da China havia confirmado 14,380 casos de infeção pelo novo coronavírus, com 304 pessoas mortas e outras 2,110 em condição séria, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde.