Brasil abrirá licitações de compras governamentais às empresas estrangeiras

Fonte: Xinhua    22.01.2020 13h45

Rio de Janeiro, 21 jan (Xinhua) -- O governo brasileiro anunciou nesta terça-feira que se somará ao Acordo sobre Compras Governamentais (GPA, em inglês) para abrir as compras públicas às empresas estrangeiras, como forma de combate à corrupção, informaram fontes oficiais.

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil passará a fazer parte do GPA para permitir um tratamento de igualdade aos estrangeiros interessados em participar das licitações públicas no país.

"É o acordo pelo qual agora passamos a admitir empresas de fora também para todas as compras que fizermos, um tratamento de igualdade. O Brasil está querendo entrar na primeira liga, na primeira divisão das melhores práticas. Isto realmente é um ataque frontal à corrupção", disse Guedes à imprensa durante a Reunião Anual 2020 do Fórum Econômico Mundial de Davos (FEM), na Suíça.

O responsável pela economia brasileira destacou que "um tema importante na campanha do presidente Jair Bolsonaro foi acabar com a corrupção. E nós sabemos que boa parte da corrupção foi permitida exatamente com coisas do governo: construtoras, obras governamentais, coisas desse tipo".

Guedes não informou quando o Brasil se somará oficialmente ao Acordo, que responde à Organização Mundial do Comércio (OMC).

O acordo estabelece uma série de compromissos para os países membros de transparência e acesso aos mercados nacionais de compras públicas. Os países membros têm obrigação de dar igualdade de tratamento entre as empresas nacionais e estrangeiras na contratação para a aquisição de bens, serviços e obras.

O ministro brasileiro destacou que com a adesão ao grupo, o Brasil passará a receber maiores fluxos de investimentos e se integrará nas cadeias globais de negócios.

"Você tem que saber o que quer, é um trade-off. Se quer ter as melhores práticas, receber os maiores fluxos de investimento e se integrar às cadeias globais de negócios ou se quer continuar sendo o que eu disse durante a campanha eleitoral: 200 milhões de pessoas, servindo a 6 construtoras, seis bancos", acrescentou Guedes.

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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