A alegação de que as empresas estrangeiras estão deixando a China não é verossímil, dado que não é realístico que ignorem o seu mercado, refere um artigo publicado no website do principal planejador econômico da China.

“As considerações têm de ser feitas com base em estatísticas e fatos”, refere o artigo da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR).

Mais de 90% das mais de 200 empresas americanas operando na China relataram lucros nas suas operações em 2019, segundo o artigo, citando os resultados do Inquérito de Membros de 2019 do Conselho de Negócios EUA-China.

Entre os membros, 87% não migrou ou apresentou desígnios de mover suas operações para fora da China, enquanto 84% não apresentou a decisão de reduzir ou cessar qualquer investimento planejado na China no ano passado, segundo a sondagem.

O artigo argumenta que a China fez progressos em projetos de investimento estrangeiro nos últimos dois anos, apesar do investimento transfronteiriço estar num período baixo, com o fabricante de carros elétricos americano Tesla e a gigante química alemã BASF terem lançado seus projetos no país.

Nos primeiros três trimestres, mais de 30,000 firmas com investimento estrangeiro foram estabelecidas na China, onde o investimento estrangeiro utilizado no país aumentou 6,5% em termos anuais, atingindo os 683,2 bilhões de yuans (cerca de 98,14 bilhões de dólares).

A China mantém o seu apelo para as empresas estrangeiras, “não só com o seu crescimento econômico imbatível e retornos de investimento incríveis, mas também com outras vantagens como talentos, ecologia manufatureira, melhoramentos do consumo, e sólido ambiente infraestrutural e de negócios”, segundo o artigo.

O transporte conveniente e redes logísticas podem diminuir significativamente os custos operacionais para as firmas estrangeiras, é referido. A extensão ferroviária de alta-velocidade da China foi de cerca de 30,000km até o final de 2018, perfazendo dois terços do total mundial, enquanto suas autoestradas atingiram 140,000km, alcançando o primeiro lugar no mundo.

“No longo prazo, mais firmas irão continuar a investir e a desenvolver-se na China”, refere o artigo.