Beijing, 27 dez (Xinhua) -- Um porta-voz militar chinês pediu na quinta-feira aos Estados Unidos que não implementem as cláusulas negativas relacionadas à China em uma lei recentemente assinada.
Respondendo a uma questão relativa à assinatura da Lei de Autorização de Defesa Nacional 2020 dos Estados Unidos, que contém elementos negativos referentes a Taiwan, Hong Kong e Xinjiang da China, Wu Qian, um porta-voz do Ministério da Defesa Nacional, disse que as forças armadas chinesas se opõem firmemente à decisão.
Wu disse em coletiva de imprensa que as cláusulas relativas à China refletem uma mentalidade da Guerra Fria, que também representam a competição China-EUA e sensacionalizam a assim chamada "ameaça militar da China".
Essas cláusulas negativas interferem grosseiramente nos assuntos internos da China, minando o desenvolvimento das relações militares China-EUA, e prejudicando a confiança mútua e a cooperação bilateral, de acordo com Wu.
"Instamos o lado norte-americano a abandonar sua mentalidade da Guerra Fria e sua lógica hegemônica, a parar de interferir nos assuntos internos da China, a não implementar as cláusulas negativas relacionadas à China e a tomar ações concretas para proteger as relações bilaterais e os laços militares", disse Wu.
Wu também refutou a chamada "ameaça militar da China", repetidamente exaltada por alguns oficiais militares dos EUA.
"As acusações infundadas são críticas que valem para os próprios Estados Unidos", disse Wu, acrescentando que os Estados Unidos não estão em posição de julgar outros países, considerando os crescentes gastos militares e registros escandalosos em espionagem cibernética, além de outras questões militares.
Ele pediu ao lado norte-americano que ajuste suas visões da China, da segurança e do mundo.
"Esperamos que o lado norte-americano tenha em mente o panorama geral, corrija seus erros e trabalhe com o lado chinês em direção ao mesmo objetivo de alcançar não conflito, não confronto, respeito mútuo e cooperação ganha-ganha", enfatizou Wu.