G20 pede equidade no âmbito comercial

Fonte: Diário do Povo Online    01.07.2019 14h20

Os líderes mundiais pediram por uma ordem comercial "livre, justa e não discriminatória" num comunicado emitido após a conclusão da cúpula do G20 de dois dias em Osaka, Japão, no sábado.

Embora a reunião não tenha conseguido chegar a um consenso sobre o combate ao protecionismo comercial e às alterações climáticas, produziu um acordo geral sobre uma série de questões importantes, como a reforma da Organização Mundial do Comércio, a proteção ambiental, a inovação e a educação, e os analistas afirmaram que a plataforma do G20 deveria desempenhar um papel mais importante na promoção do multilateralismo e o desenvolvimento global no futuro.

O presidente Xi Jinping disse no sábado, na cúpula, que a China apoia a ideia de promover infraestruturas de alta qualidade para ajudar a alcançar um desenvolvimento inclusivo. Ele ressaltou a perspectiva voltada para o desenvolvimento da Iniciativa do Cinturão e Rota, que ele afirma que irá contribuir para a realização dos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas 2030 e o crescimento sustentável do mundo em desenvolvimento.

Xi também pediu para implementar uma economia aberta e verde com um conceito de desenvolvimento transparente e construir uma economia global sustentável e inclusiva.

Em seu discurso de encerramento, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe evitou as diferenças de líderes mundiais na luta contra o protecionismo comercial.

"Numa época em que várias preocupações estão sendo levantadas sobre as perspectivas para a economia mundial e a sustentabilidade, nossas responsabilidades se tornam ainda maiores", disse ele. Baseando-nos na Declaração dos Líderes de Osaka e concentrando-nos tenazmente em pontos de consenso e área comum em detrimento de diferenças de pontos de vista, continuemos a cooperar para a realização de uma sociedade futura inclusiva e sustentável."

O Ministro das Relações Exteriores da China Wang Yi afirmou, após a reunião, que o mundo precisa, mais do que nunca, defender o multilateralismo, porque o unilateralismo e o protecionismo permeiam a confiança mútua de Estado-a-Estado, trazem choques às regras e à ordem internacionais e criam um entrave ao crescimento econômico global.

Naoyuki Yoshino, reitor do Banco Asiático de Desenvolvimento, disse que a cúpula foi um sucesso.

“Há muitas disputas relacionadas ao comércio, mas há também muitas outras questões comuns que todos os países podem trabalhar em conjunto, ao invés de olhar para questões controversas”, ele afirmou ao China Daily.”É uma grande visão."

"Em princípio, todos concordaram com mercados livres, prósperos, equitativos e abertos. Todo mundo deveria voltar a este princípio", acrescentou.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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