Beijing, 2 jun (Xinhua) -- A administração norte-americana impôs tarifas adicionais sobre bens chineses exportados para os Estados Unidos, impedindo o comércio bidirecional e a cooperação em investimento e prejudicando a confiança do mercado e a estabilidade econômica nos dois países e em todo o mundo, de acordo com um livro branco intitulado Posição da China sobre as Consultas Econômicas e Comerciais China-EUA, divulgado neste domingo pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado.

As medidas tarifárias norte-americanas levaram a um declínio no volume de exportação da China para os EUA, que caiu 9,7% em termos anuais entre janeiro e abril de 2019, uma queda por cinco meses consecutivos, disse o livro branco, citando dados do site da Administração Geral das Alfândegas da China.

Além disso, como a China tem de impor tarifas como contramedida aos aumentos tarifários dos EUA, as exportações norte-americanas para a China caíram por oito meses consecutivos.

O livro branco disse que a incerteza trazida pela fricção econômica e comercial EUA-China tornou as empresas de ambos os países mais hesitantes em investir. O investimento chinês nos EUA continua a cair e a taxa de crescimento do investimento norte-americano na China também desacelerou.

O investimento direto das empresas chinesas nos EUA totalizou US$ 5,79 bilhões em 2018, uma queda anual de 10%, disse o livro branco, citando dados do Ministério do Comércio.

Em 2018, o investimento norte-americano pago na China foi de US$ 2,69 bilhões, subindo apenas 1,5% anualmente, em comparação com um salto de 11% em 2017.

Com uma perspectiva pouco clara para a fricção comercial China-EUA, a Organização Mundial do Comércio (OMC) cortou sua previsão para o crescimento comercial global neste ano de 3,7% para 2,6%, disse o livro branco, citando um relatório de previsões comerciais da OMC em seu site.