Beijing, 2 jun (Xinhua) -- As fricções econômicas e comerciais China-EUA provocadas pelos Estados Unidos prejudicam os interesses de ambos os países e do mundo inteiro, segundo um livro branco intitulado Posição da China sobre as Consultas Econômicas e Comerciais China-EUA, divulgado neste domingo pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado.
Ao trombetear America First, o atual governo norte-americano adotou uma série de medidas unilaterais e protecionistas, manejou regularmente as tarifas como um "grande porrete" e coagiu outros países a aceitar suas exigências. Os EUA iniciaram investigações frequentes das Seções 201 e 232 --que não eram usadas há muito tempo-- contra seus principais parceiros comerciais, causando perturbações no cenário econômico e comercial global. Em agosto de 2017, os EUA lançaram uma investigação unilateral da Seção 301 visando especificamente a China. Ignorando os esforços incansáveis e notável progresso da China na proteção da propriedade intelectual e na melhora do ambiente de negócios para investidores estrangeiros, os EUA emitiram uma miríade de observações tendenciosas e negativas e impuseram tarifas adicionais e restrições de investimento sobre a China, provocando atrito econômico e comercial entre os dois países, apontou o livro branco.
Ignorando a natureza da estrutura econômica e do estágio de desenvolvimento na China e nos EUA, bem como a realidade da divisão industrial internacional da mão de obra, os EUA insistem que as políticas de comércio "injustas" e "não recíprocas" da China causaram um deficit comercial nas trocas comerciais bilaterais que constituem um "estar sendo usado para", levando à imposição unilateral de tarifas adicionais sobre a China. De fato, no mundo globalizado de hoje, as economias chinesa e americana são altamente integradas e, juntas, constituem uma cadeia industrial inteira. As duas economias estão vinculadas a uma união que é mutuamente benéfica e de ganha-ganha por natureza. Igualar um deficit comercial a estar sendo usado é um erro. As medidas restritivas que os EUA impuseram à China não são boas para a China nem para os EUA, e são ainda piores para o restante do mundo.