Área da Grande Baía irá revitalizar economia de Hong Kong, diz chefe do executivo da RAEHK

Fonte: Diário do Povo Online    15.03.2019 10h28

Carrie Lam em entrevista exclusiva ao Diário do Povo Online, a 4 de março de 2019.

BEIJING,15 de mar (Diário do Povo Online) - O desenvolvimento da área da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau irá injetar um novo ímpeto na economia de Hong Kong, garantindo mais e melhores oportunidades, especialmente para os jovens, segundo Carrie Lam, a chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), durante uma entrevista com o Diário do Povo Online, a 4 de março.

A área da Grande Baía foi incluída no relatório de trabalho do governo pela primeira vez em 2017. As autoridades chinesas revelaram a minuta do plano de desenvolvimento para a região a 18 de fevereiro deste ano, com o objetivo de desenvolver “um modelo para o desenvolvimento de alta qualidade”.

Hong Kong, uma economia apoiada pela indústria de serviços ao invés da manufatura, requer inovação científica e tecnológica, e uma indústria manufatureira avançada para apoiar a sua re-industrialização e visão de “Indústria 4.0”, de acordo com a chefe do Executivo.

Ela acrescentou que com um desenvolvimento coordenado entre a região e as cidades vizinhas, Hong Kong poderá focar-se mais na investigação, transformação e incubação de tecnologias científicas, mantendo bases de produção em cidades vizinhas na parte continental do país.

Hong Kong, “enquanto centro financeiro, tem capacidade de garantir plataformas de financiamento para firmas tecnológicas e orientadas para a inovação”, frisou Lam.

A ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau veio possibilitar um “círculo de uma hora”, dado que a deslocação entre as cidades passou a estar reduzida a esse período de tempo, salienta Lam, explicando que os locais poderão chegar a Guangzhou em 45 minutos e Shenzhen em menos tempo no caso de viagens via trem-bala.

Graças à ponte, o tempo de viagem entre o Aeroporto Internacional de Hong Kong e Zhuhai foi reduzido de 4 horas para cerca de 45 minutos, disse Lam, reforçando que a opção do transporte aquático deixou de ser “uma escolha obrigatória” para ir até Macau.

A infraestrutura interconectada facilita o desenvolvimento da região, e vários intervenientes do mundo dos negócios estão considerando viver em Hong Kong, mas procurar um emprego em outras cidades da baía, informou Lam.

Com um total de 56,000km2, a área da baía contava com uma população combinada de 70 milhões de pessoas no final de 2017 e um PIB de aproximadamente 10 trilhões.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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