Por Beatriz Cunha
Vivemos numa era em que crianças são incentivadas a aprender o inglês como língua estrangeira desde os tempos do ensino infantil, ou mesmo quando começam a desenvolver a fala.
Muitos profissionais da área da educação e pais de crianças mistas afirmam que a melhor maneira de se comunicar com seus filhos é no idioma nativo. Desta maneira as crianças jamais perderão a oportunidade de aprender o idioma fluentemente.
Na China, há muitos estrangeiros que possuem filhos em fase de desenvolvimento da fala.
Para os casais estrangeiros de mesma nacionalidade, a conversação se dá através do idioma nativo, e desta maneira a criança tem um ambiente propício para aprender o idioma. Tendo apenas que estabelecer a diferença entre o idioma do ambiente familiar e o idioma local.
Já para casais de nacionalidades distintas, o desafio é ainda maior, pois precisam estabelecer o idioma que utilizarão para se comunicar com seus cônjuges. E, ainda assim, manter o idioma nativo no dia a dia de seus filhos.
Atualmente na China, além do ensino da língua local, o mandarim, o ensino do inglês é realizado desde os primeiros anos de educação, por isso os filhos de estrangeiros tem o convívio com dois a quatro idiomas.
Para os primeiros momentos de desenvolvimento da fala é muito comum a dificuldade na diferenciação, a criança entende todos os idiomas como um único idioma, podendo falar os três numa mesma sentença.
Alguns pais conscientemente priorizam um dos idiomas até que a criança tenha condições de perceber a diferença entre os idiomas.
Pais que não fazem essa escolha, alegam que o nível de desenvoltura dos idiomas que seus filhos dominam oscila conforme a necessidade de uso dos mesmos.
O grande desafio ao lidar com crianças poliglotas está em favorecer o ambiente para a prática do idioma nativo, sem que isto afete o avanço e uso do idioma local.