O ex-presidente brasileiro, que se encontrava no edifício do sindicato dos metalúrgicos desde quinta-feira, aquando da ordem para a sua detenção, entregou-se à polícia para cumprir a pena de 12 anos e um mês a que foi condenado.
Foi pelas 17:00 (hora local) que Luis Inácio Lula da Silva abandonou o edifício do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, São Paulo, onde, na década de 70 do século passado, dera início à sua carreira política.
A sua presença no local atribuía-se a uma cerimônia em homenagem à ex-primeira dama brasileira e esposa de Lula, Marisa Letícia, falecida em 2017.
Após duas tentativas de contornar a multidão inconformada de apoiantes que tentaram barrar a sua saída, Lula, acompanhado pelo seu advogado, um segurança e pelo diretor administrativo do sindicato, seguiu numa viatura para se entregar à polícia federal.
O ex-presidente disse que se iria entregar para “enfrentar” as acusações que lhe são atribuídas na operação Lava Jato, nomeadamente corrupção passiva e branqueamento de capitais, insistindo, no entanto, na sua inocência.
O juíz federal Sérgio Moro havia decretado na quinta-feira passada a prisão do ex-chefe de Estado brasileiro, após ambos o Supremo Tribunal Federal e o Supremo Tribunal de Justiça terem rejeitado os pedidos de ‘habeas corpus’ requisitados pela defesa.