Brasília, 5 abr (Xinhua) -- O ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles, filiou-se, na terça-feira, ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do presidente Michel Temer, na disputa pela presidência nas eleições gerais de outubro.
Meirelles considerou candidatar-se ao cargo pelo Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB) a qual ele anteriormente pertencia. No entanto, como o PSDB planejava apoiar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ele compartilharia a candidatura com Temer, no PMDB.
Temer, líderes partidários e parlamentares participaram de uma cerimônia oferecida a Meirelles, realizada na sede do PMDB, na capital Brasília.
Durante a cerimônia, os membros do grupo entoaram um jingle de campanha que dizia: "M para Michel, M para Meirelles, M para o PMDB", e subiram faixas com uma foto dos dois homens junto às palavras "Nossa união nos fortalece. "
Perguntado se ele pretende ser candidato à presidência, Meirelles evitou a pergunta, dizendo que não era hora de discuti-la.
O presidente do MDB, Romero Jucá, que presidiu a cerimônia, disse que a participação do ministro fortaleceu os esforços "para ganhar a eleição" e continuar a transformação política e econômica do país.
De acordo com as leis brasileiras, Meirelles deve sair do gabinete até sábado; cargo que ele assumiu em maio de 2016, em meio ao impeachment de Dilma Rousseff, e à assunção ao poder por seu então vice-presidente, Temer.
Os ministros que planejam concorrer devem deixar seus cargos seis meses antes da eleição.
Meirelles é ministro da Fazenda e executivo dos setor financeiro brasileiro; anteriormente, ele dirigiu o Banco Central, durante os dois mandatos presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva, de 2003 a 2011.