Nota da Presidência diz que se quer retirar Temer da vida pública com falsas narrativas

Fonte: Xinhua    02.04.2018 09h27

Rio de Janeiro, 2 abr (Xinhua) -- O Palácio do Planalto divulgou na noite de sexta-feira uma nota na qual afirma que "autoridades tentam criar narrativas para gerar novas acusações" contra o presidente Michel Temer para retirá-lo "da vida pública".

A nota foi divulgada um dia depois que a Polícia Federal prendeu três amigos próximos de Temer no âmbito de uma investigação sobre um decreto portuário assinado pelo presidente para supostamente favorecer empresas em troca de propinas.

A chamada Operação Skala, deflagrada ontem, prendeu 10 pessoas, entre elas o advogado e ex-assessor de Temer, José Yunes, o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima e o ex-ministro e ex-deputado Wagner Rossi, todos muito próximos do atual presidente.

"Sem ter fatos reais a investigar, as autoridades tentam criar narrativas que gerem novas acusações contra o presidente Michel Temer com o objetivo de retirá-lo da vida pública", diz o comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

"O atropelo dos fatos e da verdade busca retirar o presidente da vida pública, impedindo-o de continuar a prestar relevantes serviços ao país, como o de superar a mais forte recessão econômica da história brasileira", acrescenta a nota.

O texto nega ainda que o decreto favorecia o Grupo Rodrimar, que atua no setor portuário.

"A mais rasa leitura do decreto teria enterrado, ano passado, o pedido de abertura do tal inquérito feito pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot."

Sem citar nomes, a nota assegura que, para "destruir a reputação" de Temer, "se usam métodos totalitários, com redução dos direitos mais básicos para obter, forçadamente, testemunhos que possam ser usados em peças de acusação".

A nota também afirma que as prisões da quinta-feira ocorreram depois de Temer deixar em aberto esta semana a possibilidade de candidatar-se às eleições presidenciais de outubro, algo que sempre tinha negado.

"Bastou a simples menção à possível candidatura para que forças obscuras surgissem para tecer novas tramas sobre velhos enredos maldosos. No Brasil do século XXI, alguns querem impedir uma candidatura. Busca-se impedir ao povo a livre escolha", conclui o comunicado.

Temer é acusado de ter alterado um decreto portuário em maio passado com o objetivo de supostamente favorecer o grupo Rodrimar, o que ele nega. Seus três amigos presos são acusados de ter intermediado o pagamento de propinas da empresa para o presidente.

(Web editor: Chen Ying, editor)

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